Álvaro de la Calle: “Sinto-me muito agradecido e acarinhado por todos os aficionados, ganadeiros, sempre que vou a Portugal”, referiu.
Texto: Rui Lavrador
Fotografia e Entrevista: Miguel Vidal Pinheiro
O matador de touros Álvaro de la Calle participou numa conferência em Madrid, na qual abordou o seu percurso pessoal e profissional.
Após essa conferência, o toureiro concedeu declarações em exclusivo ao Infocul.pt, sobre a temporada que agora iniciou-se na Península Ibérica.
No ano passado, Álvaro de la Calle ganhou destaque após lidar 5 touros em Madrid, na encerrona de Emilio de Justo, após este ser colhido aquando da lide do primeiro touro.
Porém, e apesar de muito elogiado na altura, Álvaro de la Calle não conquistou muitos contratos.
“Para já o que temos certo na temporada são 3 corridas em França. A partir daí o que temos a fazer é conseguir mais contratos. Claro que depois da tarde do ano passado em Madrid, as coisas deveriam ter mais impacto, mas a verdade é que temos de continuar a lutar“, começou por nos dizer.
“Tenho mais algumas corridas como sobrassaliente. Estou contente, mas nunca satisfeito. Nesta temporada até já tenho mais contratos que na anterior e isso é positivo. Mas foco-me no dia a dia e em lutar para quando as coisas surgirem, eu possa estar bem e conseguir mais contratos“, referiu.
Após a tarde em que actuou em Las Ventas, explica o que se sucedeu.
“Não, as coisas não romperam. Claro que não estou a falar de ir às grandes feiras e partilhar cartel com as grandes figuras. Mas há outro tipo de corridas, não? E a verdade é que não surgiram. Podiam ter-me dado mais oportunidades. Mas Madrid é a praça que te dá e te tira e estou muito grato“, disse.
“Não há conversas com Madrid para actuar aqui. Há apenas contratos para ser sobressaliente. O meu objectivo é actuar em Madrid e entrar numa corrida. Mas até agora, nada. Claro que depois daquela tarde em Madrid, as coisas mudaram. Ganhei muita confiança, fiz muito campo depois dessa corrida, estou numa fase em que me treino muito. Sinto-me com muito moral, confiança e ilusão“, referiu ainda.
Por fim, dedicou algumas palavras a Portugal e à afición portuguesa.
“Tenho muito carinho a Portugal. O meu pai era uma pessoa muito querida e tinha muito carinho a Portugal e transmitiu-me isso. Sinto-me muito agradecido e acarinhado por todos os aficionados, ganadeiros, sempre que aí vou“, rematou.