Mário Machado, Líder do movimento Nova Ordem Social, pede bom comportamento a quem integre a manifestação anunciada pelo Chega, para 27 de Junho em Lisboa.
Numa publicação pede aos “nacionalistas” e às “tendências mais radicais” para não fazerem saudações nazis e que não levem cartazes e símbolos que vão além das posições defendidas pelo partido de André Ventura.
Mário Machado pede a participação da extrema-direita portuguesa na manifestação convocada pelo Chega para 27 de junho, sob o mote “Portugal não é racista”.
O antigo chefe dos hammerskins lamentou que não tenha havido “resposta física (legal)” da direita e da extrema-direita à vandalização de símbolos como a estátua do Padre António Vieira e, por isso, mostrou-se feliz pela decisão tomada por André Ventura de descer a Avenida da Liberdade, em Lisboa.
A manifestação depende da autorização do Ministério da Administração Interna.
“Finalmente!”, começou por escrever Mário Machado,acrescentando que cinco dias após o seu “apelo” (feito no dia 13, através de um vídeo), “partilhado e acolhido por praticamente todo o universo patriota”, o Chega “resolveu fazer a sua primeira manifestação nacional”.
“Espero que os nacionalistas e alguns com tendências mais ‘radicais’ percebam que o Chega resolveu arriscar, e que seria contraproducente e ignóbil até que existissem saudações de braço ao alto, cartazes ou símbolos que vão para além da direita que o Chega defende”, pediu Mário Machado.
No mesmo texto, procurou explicar que o Chega é “um partido de direita patriótica” e que “não é nacionalista nem de ‘extrema-direita’”, motivo pelo qual “quem se filiar, participar ou, por exemplo, estiver presente na manifestação tem que saber respeitar essa posição”.
Numa segunda actualização ao comentário, escrita na manhã desta sexta-feira, 19, o fundador e antigo dirigente da Frente Nacional elogiou o âmbito do protesto – considera-o “abrangente” e “bem escolhido” – e disparou contra os partidos e movimentos que têm participado nas acções que aconteceram na sequência da morte de George Floyd, nos EUA, e de todas as acções conduzidas pelo movimento Black Lives Matter. “Não é por a escumalha da extrema-esquerda drogada dizer 100x que sou racista que essa mentira passa a ser verdade. A minha posição é esta desde sempre”, rematou.
Contudo, André Ventura disse à Visão que “não queremos nenhum extremismo nem qualquer tipo de violência na nossa manifestação. Queremos que saiam à rua os portugueses comuns e não ninguém conotado com esse tipo de movimentos extremistas”.