A Ministra da Cultura, Graça Fonseca, acaba de emitir uma nota de pesar, pela morte da artista plástica portuguesa, Maria Beatriz.
Assim, deixamos abaixo e na íntegra a nota de pesar, emitida pela titular da cultura em Portugal:
“A Ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamenta profundamente a morte da artista portuguesa plástica Maria Beatriz (1940-2020), que vivia e trabalhava em Amesterdão, na Holanda.
A artista que começou a pintar com apenas 12 anos, ainda estudou Biologia antes de se iniciar na gravura na Cooperativa Gravura em Lisboa, para depois se mudar para Londres (1960). Em 1965, recebe uma bolsa do Serviço de Belas-Artes da Fundação Calouste Gulbenkian e muda-se para Paris, para estudar no Atelier 17 de Hayter, onde se dedicou ao curso Desenho e Gravura. Desenvolveu e trabalhou com as mais diversas técnicas artísticas, desde a pintura, gravura, desenho, instalação, fotografia e colagem, tendo manifestado um especial interesse por esta última.
Em 1970, fixou-se na Holanda, tendo mantido sempre uma relação com Portugal, nomeadamente, através de uma colaboração regular com a Gulbenkian.
Expôs pela primeira vez a sua obra individual, nos anos 80, com a exposição “La tierra es lo probable paraiso perdido” no Museu de Arte Moderna de Arnheim, na Holanda.
O Centro de Arte Contemporânea Casa da Cerca, em Almada, dedicou-lhe duas exposições antológicas (1998 e 2016). A última, intitulada “Trabalho de Casa 1960-2013”, foi comissariada pela Galeria Ratton. Em 2002 expôs a sua série “Vita Brevis” no Centro de Arte Moderna (CAM), na Fundação Calouste Gulbenkian que itinerou para o Kunstuitleen K.N.S.M., em Amsterdão e para o Centro Cultura Calouste Gulbenkian em Paris, em 2004.
No meio artístico e cultural, são amplamente reconhecidas como transversais à sua obra, as questões sociais e humanas e, em particular, as ligadas à emancipação e à libertação da mulher.
De Maria Beatriz, recordaremos sempre o sentido poético da sua linguagem.
À Família e Amigos enviam-se sentidas condolências.
Graça Fonseca“
