“Não existe nenhum passageiro com COVID-19 a bordo, ou mesmo algum caso suspeito”, refere Porto de Lisboa sobre o MSC Fantasia

O Porto de Lisboa emitiu um comunicado sobre o navio que atracou esta manhã em Lisboa, o MSC Fantasia.

A destacar no comunicado, o facto de “até ao momento, e já a navegar há 10 dias em alto mar, não existe nenhum passageiro com COVID-19 a bordo, ou mesmo algum caso suspeito”, refere o Porto de Lisboa.

O Comunicado na íntegra:

A Administração do Porto de Lisboa informa que hoje, dia 22 de março de 2020, o navio de cruzeiros MSC Fantasia, operado pela MSC CRUISES, atracou esta manhã para escala no porto de Lisboa. A chegada ao porto de Lisboa verificou-se às 9H da manhã.

O MSC Fantasia saiu do porto do Rio de Janeiro no passado dia 9 de março de 2020, tendo como destino a Europa.

O último porto que escalou foi o de Maceió, Brasil, a 13 de março de 2020, e desde essa data tem estado a navegar em direção a Lisboa.

A bordo do navio viajam 1.338 passageiros, de 39 nacionalidades (incluindo portuguesa), e 1.247 membros da tripulação, de 50 nacionalidades.

As autoridades competentes, em conjunto com a MSC CRUISES, estão a desenvolver esforços que lhe permitam repatriar os passageiros que viajam no MSC FANTASIA com a maior celeridade possível.

A MSC CRUISES irá fretar charters para os diferentes países de origem dos passageiros e será criado um corredor entre o porto e o aeroporto de Lisboa durante os próximos dias, para que os passageiros sejam evacuados por avião. Esta possibilidade encontra-se prevista na determinação da Autoridade de Saúde Nacional, assinada a 17 de março de 2020 pela DGS, estando, contudo, dependendo de parecer prévio da Autoridade de Saúde.

Até ao momento, e já a navegar há 10 dias em alto mar, não existe nenhum passageiro com COVID-19 a bordo, ou mesmo algum caso suspeito.

A possibilidade de repatriamento destes passageiros trata-se de uma questão de fulcral importância para a tranquilidade dos passageiros que viajam a bordo, que em tempo de crise sentem necessidade acrescida de se juntarem aos seus familiares nos seus países de residência.

O navio manter-se-á atracado à disposição das autoridades nacionais para as vistorias ou questionários que se entendam necessários e ainda consulta de todos os relatórios, certificados e informações necessárias.

Depois de desembarcados os passageiros nacionais, que irão cumprir os 14 dias previstos em quarentena nas suas residências, será implementado o plano de desembarque e evacuação dos passageiros não nacionais para subsequente e imediato embarque nos respetivos aviões. Apenas mediante a disponibilidade dos voos os passageiros irão sair do navio com destino ao aeroporto de Lisboa, enquanto os restantes passageiros permanecerão sempre a bordo.

A saída do porto para o aeroporto de Lisboa será feita em autocarros, sendo evidentemente cumpridas todas as determinações recebidas das autoridades portuguesas.

O navio permanecerá durante esse período atracado no porto de Lisboa, e a tripulação permanecerá a bordo.

A disponibilização das viagens junto das companhias aéreas, será fornecida às autoridades portuguesas e, designadamente, à Autoridade da Saúde, logo que esteja disponível, com a confirmação das companhias aéreas”.