Costureiras das marchas populares estão, desde o dia 24, a fazer botas e máscaras para os serviços do Centro Hospitalar de Setúbal, numa parceria inovadora destinada a enfrentar a falta de equipamento de proteção para os profissionais de saúde.
Antónia Nascimento e Cecília Candeias, em colaboração com Carlos Nascimento, encontram-se já a trabalhar para produzir botas e máscaras num tecido especial e adequado a ambiente hospitalar.
Esta iniciativa original partiu de um grupo de costureiras habituadas a conceber os adereços e trajes para as marchas, juntamente com Bruno Frazão, responsável por um grupo de teatro local, que dão forma ao projecto que desafia o município e o Serviço Municipal de Proteção Civil e Bombeiros de Setúbal na produção de material de protecção para os profissionais do hospital.
Ao voluntariado desta equipa juntou-se o Centro Hospitalar de Setúbal, que, além de apadrinhar a ideia, forneceu o tecido especial antimicrobiano, o qual, após ser usado, permite a sua esterilização de forma a voltar a ser utilizado.
A implementação desta ideia inovadora adequa-se às reais necessidades do trabalho do pessoal de saúde, uma vez que o tecido utilizado nas botas e máscaras está preparado para se lidar em segurança com a situação da Covid-19.