O Festival Santa Casa Alfama regressa a 27 e 28 de Setembro. O cartaz já é conhecido, os horários também, e um dos destaques desta edição é o Palco Santa Casa Futuro, na Sociedade Boa União.
Este palco conta com curadoria de Ana Moura, no dia 27, e Ricardo Ribeiro no dia 28. Estes dois fadistas convidaram três jovens, para cada um dos dias, e Beatriz Felizardo foi uma das convidadas de Ana Moura.
Como nota de destaque, realçar o facto de ambas serem de Coruche. Beatriz Felizardo lançou recentemente um novo disco, produzido por Diogo Clemente, mas o seu percurso tem já muito por contar. Foi isso que fez, em entrevista concedida ao Infocul.pt.
Beatriz o que podemos esperar em termos de alinhamento para o espectáculo no Santa Casa Alfama?
Irei fazer um alinhamento de bom fado, tradicional e fado canção. Espero que gostem.
Como surgiu o convite por parte da Ana Moura e qual a importância de ser uma ‘aposta’ de um dos nomes maiores do fado actual?
A Ana Moura entrou em contacto com a minha mãe para saber se eu estava disponível e se aceitava o convite para estar presente no Santa Casa Alfama. Quando a minha mãe me disse não estava a acreditar, pois é das melhores fadistas de sempre. É uma honra ter recebido um convite destes, sendo ela também uma coruchense como eu, foi com os fados da Ana que em pequenina comecei a gostar de fado.
Para quem não a conheça, como descreve o seu percurso?
O meu percurso começou quando tinha apenas 8 anos.
Comecei na escola de fado alverquense e fui ganhando diversos concursos de fado, com 11 anos participei n’ Uma canção para ti, na TVI; com 13 anos participei no programa de Filipe la Feria “Nasci para o Fado”, depois começaram a surgir diversos convites para casas de fado, colectividades, entre outras. Em 2016 ganhei a Grande Noite do Fado de Santa Maria Maior, no Coliseu dos Recreios, em 2017 participei no programa “The Voice”, nesse mesmo ano ganhei o prémio revelação do ano atribuído pela Voz do Operário, no dia 16 de Agosto apresentei o meu novo álbum “Beatriz Felizardo” nas festas de Coruche, produzido por Diogo Clemente.
Até agora o meu percurso tem vindo a crescer graças a Deus.
Quem são as grandes influências?
Ana Moura, Raquel Tavares, Carminho, Amália, entre outros.
Ser de Coruche tem dificultado a afirmação no meio fadista? Acha que os fadistas que não são de Lisboa têm mais dificuldade de acesso ao grande público?
Em Lisboa é claro que há mais oportunidades, mas eu estou muitas vezes por Lisboa. Nas diversas cidades e vilas de Portugal também se realizam bastantes noites de fados onde existe muito publico a gostar de fado, onde também vou estando muitas vezes.
Qual a importância de participar no maior festival de fado do país?
Bastante importante. É o maior festival de fado, com bastante publico.
Não é a primeira vez que canto neste festival, mas é a primeira vez a convite de uma grande referência do fado.
No palco, já sabe quem a acompanhará?
No palco irá estar comigo, o Pedro Henriques, o João Filipe, e o Paulo Paz.
Qual a mensagem que deixa aos nossos leitores?
Que apareçam, que venham ver o meu espetáculo. Desfrutem deste grande festival. Um beijinho a todos e sejam felizes.