De 13 a 16 de Junho, Évora recebe a sexta edição do Festival Lá Fora, que realizar-se-á em vários espaços da Fundação Eugénio de Almeida e da cidade eborense.
Este certame junta música, dançam e arte performativa, sendo organizado pela Fundação Eugénio de Almeida.
Dia 13
A abertura está marcada para o Pátio Pequeno do Páteo de São Miguel, às 21:30. Com o horizonte por cenário, o concerto é dos Bluish, projecto musical de Vera Vaz e João Farmhouse iniciado em 2017 e já com larga experiência nacional e internacional. Uma experiência de fusão entre a música e o lugar, com a paisagem a reinventar-se ao fundo.
Dia 14
O Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida acolhe, a partir das 15:00 as piruetas, fantasias e extravagâncias do Monsieur Culbuto. Vindo de França, Culbuto é uma variação lúdica sobre as figuras de convite. Divertido e truculento, amável e brincalhão, espera e interpela visitantes, surpreende pela agilidade e graça e recebe quem nos visita, grandes e pequenos, nacionais e estrangeiros.
Pelas 18:30, o convite é para ouvir, no Jardim das Casas Pintadas, Ulrich Mitzlaf e o seu muito recente Dez miniaturas sónicas sobre “O grito” de Edvard Munch. Um diálogo entre o lugar e a experimentação musical, ou dez miniaturas sonoras para os frescos quinhentistas das Casas Pintadas.
À noite, há dois concertos no palco principal do festival, instalado no Páteo de São Miguel. Na primeira parte, Daniel Catarino, músico eborense que situa o seu trabalho entre a poesia do cantautor e as sonoridades rock que a sua formação em trio reforça.
Daniel Catarino alia canções orelhudas a letras fora do comum, em que aborda os paradoxos da humanidade num equilíbrio entre a frieza analítica e o calor poético. Habituado a pisar o palco apenas com a sua guitarra acústica, apresenta-se agora num trio eléctrico e mais virado para o rock, acompanhado por Manuel Molarinho no baixo (O Manipulador, Baleia Baleia Baleia) e Xinês na bateria (Awaiting The Vultures).
Logo depois, Bruno Pernadas apresenta “Those who throw objects at the crocodiles will be asked to retrieve them”, o seu mais recente registo discográfico, onde se combinam sonoridades múltiplas, do west coast jazz dos anos 70, ao lounge oriental, krautrock, freak folk, pop music, sampling e processamento de eletrónica low fi, exótica e soul music. Uma banda de nove músicos suporta esta diversidade e garante a excelência da proposta deste aclamado músico cujo trabalho começa a ser reconhecido também fora de portas.
Dia 15
O dia abre de novo no Centro de Arte e Cultura (11:00) com o Monsieur Culbuto, que vai marcando presença no Páteo de Honra até às 19:30, altura em que Kate March, performer, bailarina e artista visual, apresenta Secret Epiphanies. Um espetáculo a solo que podemos situar entre a dança e a pintura, a convidar os espectadores a encontrar o seu ponto de vista e a estabelecer diálogos com as exposições patentes no Centro, e com as inquietações que a artista partilha pelo seu trabalho.
Do lado da música, Inês Pimenta apresenta o seu espectáculo no Pátio Pequeno, às 19:00.
A noite traz ao palco grande duas bandas. A abrir (21:30), os Lavoisiser, projecto de Roberto Afonso e Patrícia Relvas que dialoga intensamente com as tradições (antigas e recentes) da música portuguesa, da qual colhem permanente inspiração. A banda tem circulado internacionalmente, chegando aos palcos nacionais com uma experiência acumulada reconhecível.
Encerra a noite a Kumpania Algazarra. Nove músicos em palco a explorar ritmos dançáveis e sonoridades contagiantes, pautadas por uma multiculturalidade vibrante. Uma noite em que se pode esperar o mais festivo dos desafios dos Kumpania Algazarra, cujo disco novo, Let’s go, ordena que se dance!
Dia 16
A manhã de domingo tem ainda tempo para o Monsieur Culbuto, que encerra o Lá Fora com a sua bonomia redonda e gaulesa (10:00). Tempo de famílias, tempo de festa e de encontros.
Destaque ainda para Corpografias Imaginárias, uma exposição de trabalhos realizados no âmbito do Serviço Educativo da Fundação Eugénio de Almeida e dirigidos pela artista plástica Susana Marques. A exposição está patente ao público, no Centro de Arte e Cultura, todos os dias do festival, e ainda Joana Leal que traz ao Lá Fora um projecto singular. Trata-se de Passagem, uma criação que coloca as mãos ao serviço da memória e se abre aos espectadores do Lá Fora. Um objecto que acompanha a Joana Leal vai crescer com os espectadores do festival. Um ritual feliz de uma velha artesã inconformada, como diz a Cátia Terrinca, agora aberto sobre o festival e os seus espaços.
Bilhete 13 Junho – 3,00€
Bilhete 14 Junho – 6,00€
Bilhete 15 Junho – 7,00€
Passe 3 dias – 12€
Bilhetes à venda no Centro de Arte e Cultura.
Nos dias dos espectáculos, bilhetes à venda no Centro de Arte e Cultura até às 19:00 e na Colecção de Carruagens a partir das 19:00.