“Cidade Fantástica” é o novo disco de Flak. Um disco sobre o qual Flak aceitou falar em entrevista ao Infocul, abordando ainda aspectos do seu percurso, dos sonhos, dos objectivos e dos desafios do mercado musical, em Portugal.
Quais os maiores desafios na construção deste disco?
O ter paciência para o construir devagar. Mas revelou-se acertado. A pressa nem sempre é boa conselheira.
Qual o balanço que faz do seu percurso?
Foi uma vida muito agradável. Consegui de forma geral fazer aquilo que me propus. O problema é que não paro de propor coisas a mim mesmo e o tempo escasseia.
Quando começou a ser pensada a construção deste Cidade Fantástica?
Estará a fazer dois anos por esta altura.
O que podem os turistas desta cidade encontrar?
Um labirinto de luz e cor. Noites góticas.
Há dez monumentos para visitar nesta cidade. Como os descreve um a um?
O disco está pensado em forma de vinil. Tem dois temas maioritariamente instrumentais abrir cada lado.
No lado A temos o Morcego que introduz o personagem que há noite sobrevoa a cidade. É o elemento gótico. Depois temos o Planeta Azul, uma homenagem ao planeta que vivemos e a outras substâncias. Seguidamente passamos para os Tempos Estão a Mudar que é a constatação desse mesmo facto. Ao Sol da Manhã é sobre Lisboa e o Tejo. Segue o Manto Branco. Nesta canção não sei ao certo do que estou a falar. Talvez uma ressaca após uma noite mais longa.
E passamos ao lado B. Sobre o Mar é a guerra. Os aviões sobre o pacífico. Imaculada Concepção é uma colagem de títulos de livros que tenho na prateleira da minha sala de trabalho. A imaculada Concepção é o título de um livro do André Breton e do Paul Eluard. O surrealismo a escrita automática. Verão. Uma cantiga preguiçosa. Recomendada em dias de calor. Cego pela luz. O regresso do morcego. Apenas um Instante. A única canção com sujeito passivo. Tinha combinado comigo próprio não o usar neste disco mas neste caso não foi possível .
Quem esteve consigo na produção, masterização e os restantes músicos?
O Benjamim que tocou uma boa parte dos instrumentos, bateria, baixo, piano, sintetizadores vozes, e ainda gravou fez efeitos especiais e misturou. O António Vasconcelos Dias que também tocou um pouco de tudo, o Zé Guilherme Vasconcelos Dias que tocou teclados e cantou. A Rita Laranjeira e a Mariana Norton que fizeram óptimas segundas vozes e por fim eu próprio que também toquei um pouco de tudo. O Tiago Sousa Masterizou.
Como analisa o actual mercado musical nacional?
É radicalmente diferente de quando comecei. Tem coisas melhores como o custo de produção dos discos que é muito mais barato e tem outras piores que é a dificuldade de rentabilizar esse trabalho. Ganha-se muito menos dinheiro do que se ganhava de forma geral. Por outro lado, criativamente está de muito boa saúde.
Quais os maiores desafios?
Inventar novas formas de divulgar o nosso trabalho.
Em termos de espectáculos para apresentar este novo trabalho o que pode já ser revelado?
Vamos fazer a estreia ao vivo no cineteatro de Torres Vedras dia 6 de Outubro. Os concertos de apresentação do disco serão dia 8 e 9 de Novembro do teatro Ibérico.
Há alguma sala que haja uma grande vontade em lá actuar? Uma espécie de sonho? Qual?
Sei lá, já toquei em tantas…
De onde vem o nome Flak?
Vem dos tempos de liceu. Colou-se e eu tive de me adaptar.
Nas redes sociais, onde pode o público interagir e saber novidades?
No Facebook Flak e no Instagram Surrealflak
É dedicado muito tempo à gestão das redes sociais?
Quando estou a promover discos dedico mais tempo. Mas sim de um modo geral.
Qual a importância das redes sociais para o projecto?
Gosto da interacção. E como a minha música está normalmente associada a imagens posso usá-las de forma criativa.
Qual a mensagem que deixa aos leitores do Infocul?
Sejam felizes e espero vê-los em concertos por ai.