O MEO Arena acolheu ontem uma lenda viva da “chanson française”, Charles Aznavour. Com 92 anos, não deixou créditos por mãos alheias.
Charles Aznavour é uma verdadeira lenda viva da “chanson française”. Aos 92 anos (feitos a 22 de Maio), mantém a frescura vocal que deslumbra públicos em todo o mundo, recusa-se a parar, continuando a gravar discos e a actuar ao vivo. E ainda bem que o faz.
Protegido de Edith Piaf, cantor, compositor, actor, activista e diplomata, Oficial da Legião de Honra, Charles Aznavour é um dos raros grandes nomes revelados no pós-II Guerra Mundial a ser autor das suas próprias canções. Escreveu mais de 800 e vendeu mais de 180 milhões de discos. Quem não recorda “La Bohème”, “La Mamma”, “Les Plaisirs Démodés” ou “Mês Emmerdes”?
Foi o primeiro artista francês a chegar ao nº 1 do Top Inglês e as suas canções foram gravadas por Bryan Ferry, Elton John, Carole King, Paul Anka, Frank Sinatra, Sting, Laura Pausini ou Elvis Costello.
Nascido em 1924 em Paris de pais arménios, tornou-se num lutador incansável em nome do povo arménio, sendo embaixador permanente da UNESCO e delegado permanente da Arménia nas Nações Unidas, tendo fundado a organização de solidariedade “Aznavour For Arménia” em resposta ao terramoto na Arménia em 1988. . O seu activismo estendeu-se também à política francesa, e a várias iniciativas em defesa dos direitos dos artistas e da lei do copyright.
O fotógrafo João Serra de Almeida apresenta-nos as imagens do concerto realizado ontem, 10 de Dezembro, no MEO Arena.