Gonçalo Guerra: “Mais do que um género musical, preocupo-me em chegar às pessoas, fazê-las sentir algo”

gonçalo guerra

 

Gonçalo Guerra tem 24 anos e é transmontano, embora actualmente viva no Porto, e é uma das novas vozes na música portuguesa. É também uma forte aposta da Warner Music. Acaba de lançar o seu segundo single e anuncia novo disco para o final d 2016/principio de 2017. Em entrevista ao Infocul desvenda um pouco mais de si.

 

 

Gonçalo Guerra é um artista improvável. Pragmático e exemplar que é, tinha um trajecto já estruturado. Pôs a guitarra de lado, licenciou-se em Engenharia de Energias e preparava já a possibilidade de fazer um mestrado “lá fora” não fosse por um factor imprevisível. Tem uma paixão e um desmedido talento musical.

 

 

A música na minha vida surgiu mais ou menos aos 8 anos, quando a minha mãe comprou uma guitarra para ela própria começar a apreender e fui eu quem passou mais tempo a tentar tocar as músicas de que gostava na altura” começa por nos revelar.  

  

Enquanto se licenciava em Engenharia de Energias, a música caminhou sempre consigo, “sempre continuei a tocar guitarra e a ouvir música embora não tivesse tanto tempo para compor”.  “Como é algo tão recente ainda não me passou pela cabeça e acho que nunca passará” diz-nos quando questionado se em algum momento tinha pensado desistir da música.  

 

“Tudo o que és” foi o seu primeiro single e logo com direito a passar na Rádio Comercial e a integrar a banda sonora de Ouro Verde, novela da TVI. Actualmente está em fase de promoção do seu segundo single, “Nós Ficámos”.

E se há uns anos havia uma grande dificuldade para o talento fora dos grandes centros urbanos se afirmar, actualmente isso já não acontece, pelo menos na opinião de Gonçalo Guerra. “Não acho que ainda haja essa dificuldade nos tempos que correm, uma vez que, estamos todos separados apenas por um click. A internet veio destruir completamente esse preconceito. Qualquer pessoa em qualquer parte do mundo consegue partilhar a sua  música com quer que seja, e isso é sem duvida uma mais valia para o panorama musical”.  

  

A música que eu faço é pop. Mas mais do que um género musical, preocupo-me em chegar às pessoas, fazê-las sentir algo” acrescenta.

 

Já sobre a possibilidade de trabalhar com a Warner refere que “como grande fã de Miguel Araújo e dos Azeitonas, conhecia o caminho que eles percorreram e sabia que a Warner os editava. Sabendo isso, decidi enviar as minhas maquetes para a editora dos meus maiores ídolos e incrivelmente alguém me respondeu do lado de lá”. “Estamos a terminar o álbum que sairá no final deste ano ou início do próximo, mas neste momento estamos também empenhados em promover o meu segundo single que já está disponível em todas as plataformas digitais e nas rádios” acrescenta.

 

 

As rede sociais são cada vez mais importantes para os artistas e Gonçalo Guerra não é excepção, “as redes sociais, como todos sabemos, têm cada vez mais um papel preponderante na maneira como chegamos às pessoas. Estou atento aquilo que dizem do meu trabalho e tento comunicar com as pessoas que gostam de mim”, sendo que quem queira acompanhar o trabalho e as novidades de Gonçalo pode fazê-lo “no Facebook e no Instagram como @ogoncaloguerra. É lá que vou partilhando um bocadinho de tudo, desde as musicas que eu gosto de ouvir aquilo que se vai passando nos meus dias”.

 

 

Acho que vivemos numa ótima altura para se ser músico em Portugal. Noto que os portugueses gostam cada vez mais de ouvir música na nossa língua e isso é encorajador para todos os  que estejam a começar, tal como eu” diz-nos sobre o actual momento da música portuguesa.

 

  

Sou como já foi referido nesta entrevista um transmontano orgulhoso. Gosto de natureza e de passear na minha terra natal. Gosto de cinema e vaguear no YouTube , mas acima de tudo, gosto de passar os meus dias a ouvir e compor música” revela sobre o que gosta de fazer fora do palco.  

  

Já quanto a referências revela que “em Inglês, sem a menor dúvida, o Ed Sheeran. Em Português, como já referi, o Miguel Araújo e os Azeitonas…”.

 


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