Alfama voltou a acolher o festival de Fado que há seis anos ali se realiza. Este ano intitulado Santa Casa Alfama, proporciona dois dias com mais de 40 fadistas a actuar em diversos locais do tradicional bairro alfacinha.

João Chora actuou no palco sito no restaurante do Museu do Fado, num espectáculo todo ele com aromas a Fado e ao Ribatejo.  João Chora tem a sabedoria que a experiência traz, a leveza de uma alma genuína e o sentimento que o fado exige. Em palco consegue dosear bem estas características e em conjunto com um alinhamento, no qual apresentou temas do mais recente disco, alguns clássicos e ainda temas da discografia anterior, um espectáculo que agradou ao público que encheu a esplanada do Museu do Fado.

Não se importou com as palmas do público em alguns temas até porque “fado também é festa”, e do alinhamentos constaram obras de autores como Fontes Rocha, Jorge Fernando, Custódio Castelo ou José Luís Nobre Costa, entre outros.

Um pé na tradição e outro numa história que o Ribatejo tem e que deve ser perpetuada nas gerações futuras, até porque um povo sem memória será por certo um povo sem história. João Chora demonstrou ser dos melhore embaixadores musicais do Ribatejo. Este acompanhado em palco por Bruno Mira, na guitarra portuguesa, e por Fernando Maia, na viola de fado.