João Pedro Pais teve casa cheia, no Teatro Tivoli BBVA, para apresentar em Lisboa o seu mais recente disco, ‘Confidências (De um homem Vulgar)’, este sábado.
Depois de ‘Segredos’ (1997), ‘Outra Vez’ (1999), ‘Falar por Sinais’ (2001), ‘Tudo Bem’ (2004), ‘Lado a Lado’ (2007), ‘A Palma e a Mão’ (2008), ‘O Coliseu’ (2010), ‘Desassossego’ (2012), ‘Identidade’ (2015), ‘20 Anos’ (2017), chegou agora a vez de ‘Confidências (De Um Homem Vulgar)’.
A discografia de João Pedro Pais é vasta, são 22 anos de carreira e um sem número de temas que tornaram-se banda sonora da vida de muitos portugueses. No mesmo dia em que Carlos do Carmo disse adeus aos palcos, ali bem ao lado (no Coliseu dos Recreios), João Pedro Pais esgotou uma sala mítica em Lisboa.
E o seu espectáculo foi forte, intenso, bem conseguido e qualitativamente de nível superior, mantendo a bitola a que tem habituado a quem vá aos seus concertos.
Podemos dividir o espectáculo em duas partes: a apresentação dos temas do novo disco e as canções mais emblemáticas do seu percurso.
Do seu mais recente disco, levou, até ao Tivoli BBVA, temas como ‘Delicado’, Santo Domingo’, ‘A Minha Estrada’, ‘Fazes-me Falta’ (de audição obrigatória e com letra simples e assertiva), ‘Passos Gigantes’, entre outros.
Teve uma convidada especial, a jovem Ana Roque. A jovem mostrou qualidade no dedilhar da sua viola e acompanhou João Pedro Pais em ‘Mais que uma vez’ e ‘Ninguém’.
Na senda dos seus maiores êxitos, ouviu-se ainda ‘Um Resto de Tudo’, ‘Mentira’, ‘Não Há’, ‘Louco’, ‘Um volto Já’, ‘Passo a Passo’ ou ‘Nada de Nada’.
Recordou ainda a primeira vez que entrou naquela sala, na década de 70/80, acompanhado da mãe e da avó para assistir ao filme ‘Bambi’, recordou Zé Pedro com a interpretação do tema ‘És do Mundo’ e enviou um abraço ‘mesmo que à distância’ para Carlos do Carmo que este sábado se despediu dos palcos.
João Pedro Pais oferece a sua sensibilidade à música e através da música, defende a sua timidez, consegue passar mensagens que quase sempre nos leva para profundas emoções. João Pedro Pais é o mais tímido cupido de Portugal: 22 anos a dar amor à música e igual período a manter o público preso a si!
Em palco esteve acompanhado por Rui Almeida (piano), Fernando Tavares (bateria/percussão), Sérgio Mendes (guitarra) e Donovan Bettencourt (baixo).