Mara revela, em entrevista ao Infocul, que espera em 2019 ter novo disco

 

 

 

O Infocul marcou presença no espectáculo “Sou do Cante”, no Artes à Rua em Évora, e aproveitou a ocasião para entrevistar Mara, artista que tem feito um interessante percurso aglomerando na sua arte interpretativa o cante, o fado e os restantes géneros musicais que a têm influenciado. Em 2019 poerá haver novo disco.

 

 

A gestão entre a inclusão do Cante e do Fado, no seu repertório, aos quais junta outras sonoridades que também integram o seu universo, “não é difícil, porque é aquilo que eu sou. É isto que eu sou. Eu não sou uma box de uma coisa só, eu gosto de pensar que em mim há todas estas influências, que todos nós nos influenciamos uns aos outros. O Fado e o Cante são, sobretudo, a minha casa. Foi aí que eu cresci, é essa a minha raiz e natureza. Mas depois há toda uma história, há tudo o que tu vives, tudo aquilo que tu ouves, que aprendes, que te ensinam, que partilham… contamina, de algum modo. Eu gosto de sentir a música, não como um rótulo, ainda que às vezes possa ser uma coisa chata, mas é isso que eu gosto de fazer. Gosto de música. E de fazer aquilo que +e a minha raiz até aquilo que eu sou no meu tempo… com esta minha forma de fado, com esta minha forma de cante, portanto não é difícil a gestão”, começa por nos dizer sobre os géneros que integram o seu repertório e que têm marcado o seu percurso enquanto artista.

 

 

Vim de alguns espectáculos em Espanha, agora vou com um outro projecto com o Kepa Junkera ao mercado de Vic, e depois eu espero parar um bocadinho e começar mais ou menos a construir o meu segundo disco”, diz-nos quando questionado sobre o que em breve irá fazer.

 

 

Sobre o seu segundo disco revela que “a construir já tenho algumas coisas, mas arrumar a casa” até porque “já tenho algumas ideias”, antes de recordar que “eu comecei com o Tiago Machado, como já te tinha contado, depois tive algumas circunstancias pessoais da minha via em que tive que parar o processo e isso faz-te pensar de outra forma. Mas essas músicas existem, as coisas que fiz com o Tiago são muito valorosas, esse é o ponto de partida”.

 

Deixa a certeza de “voltar a olhar para este barco e espero chegar ao fim dessa viagem”. Sobre o novo trabalho discográfico diz ainda que “vai haver trabalho escrito” de Duarte, fadista e irmão de Mara, revelando que “há pelo menos um tema em que a letra é do meu irmão”, acrescentando que “ultimamente temos participado mais nas coisas um do outro. É muito interessante e é óptimo”.

 

 

Quando questionada sobre se em 2019 teremos disco de Mara, a artista respondeu “espero que sim”.

 

Fotografia: C.M.Évora- Artes À Rua


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