“Marrow” (medusa em português), lançado a 07 de Outubro, é o terceiro disco dos “You Can’t Win, Charlie Brown” e é o mais eléctrico e expansivo de todos os trabalhos já editados.
O disco surge da conjugação da criatividade e sensibilidade dos músicos. Este é um álbum cru que apresenta uma electricidade à flor da pele e pode ser ouvido do início ao fim, sem pausas, nem para respirar. Parar é algo que os membros da banda não fazem desde que começaram a tocar a primeira música de “Marrow” até à última.
Tal como a figura que é homenageada no título, este trabalho toca em variados géneros como se tivessem tentáculos mas não se focam em nenhum. Fica a “pairar” na crueza das canções. No novo álbum há uma electricidade pungente nos falsetes e harmonias vocais que nos levam a dançar ao som das teclas e das guitarras afinadas.
A primeira música e tema de apresentação do disco dos “You Can’t Win, Charlie Brown” é “Above the Wall”. Este tema, logo no início transporta-nos para a década de 80/90 e faz-nos recordar o som dos antigos jogos de vídeo. Este som é conseguido através dos sintetizadores, teclado e os loops que fazem reacender o espírito o gosto pelos jogos que estava adormecido em nós desde o fim da infância e a entrada na vida adulta. Esta canção faz-nos descontrair de todos os problemas inerentes à vida adulta.
“Pro Procrastinator” (segundo single do álbum), em conjunto com “Bones” (o último do disco que nos faz pensar sobre como a vida é breve), são os temas com maior duração do álbum dos “You Can’t Win, Charlie Brown”. “Pro Procrastinator” é uma canção que nos apresenta um ritmo folk sem lei e que está repleta de loops e efeitos especiais que começam com um conjunto de guitarras e bateria em crescendo
Destacam-se ainda deste disco temas como: “Linger On” (segunda canção do alinhamento do disco), onde as guitarras magistralmente tocadas por três dos elementos dos “You Can’t Win, Charlie Brown” fazem-nos lembrar o poder que Angus e Stevie Young, dos AC/DC, impõem às suas canções; “If I Know You, Like You Know I Do” foi feita para tocar nas pistas de dança e é para ai para ai que as teclas do grupo nos transportam; “Frida (La Blonde)” é uma balada soul que nos transmite uma grandeza digna de uma grande sala de espectáculos através da secção de cordas, dos violinos ou “Mute”, onde por instantes o nosso coração pára assim que se o primeiro acorde.
A secção de cordas, desta vez à viola acústica em conjunto com um teclado cru que soa em “In The Light There Is No Sun”. Nesta música as canções tribais dos acampamentos em que todos se sentavam à volta da fogueira são relembradas neste tema.
“Marrow” é composto por um conjunto de nove temas que viciam o ouvinte da primeira à última faixa e fazem o contraste entre a luz e a escuridão que pontuam os nossos dias. Este trabalho tem o selo da Sony Music e já pode ser adquirido.