Paulo Bragança era dos artistas que mais expectativa criava no público fadista para este primeiro dia de Santa Casa Alfama.
Foi uma noite infeliz, pouco qualitativa e que não ficará na memória. Paulo Bragança tem um estilo excêntrico, visualmente impactante mas depois peca por interpretações, que embora com cunho pessoal, não conseguem ser correctas nem agradáveis a quem ouve.
O Fado é o canto da vida mas que não pode e nem deve ser usado para uma criação artística que pretende quebrar barreiras ou preconceitos. Se o objectivo de Paulo Bragança é demonstrar as suas emoções e a sua arte , então deverá fazê-lo com um enquadramento que seja claro e em que a mensagem seja igualmente clara. Ora isto não se reflecte em palco. Paulo Bragança demonstra uma grande cultura e sabedoria sobre o Fado, aplicando-a mal e sem fio condutor.