Ricardo Ribeiro teve a responsabilidade de encerrar a 7ª edição do festival de fado, em Alfama, agora intitulado Santa Casa Alfama.
O fadista esteve acompanhado por José Manuel Neto, Carlos Manuel Proença e Francisco Gaspar, proporcionando um concerto que agradou, e muito, aos milhares que ali se encontravam para o ver e ouvir.
Abriu o espectáculo com o Fado Menor e o Fado Corrido, permitindo logo aí perceber que não deixaria créditos em vozes alheias e que o Fado seria o fio condutor do seu espectáculo.
Ricardo sabe a qualidade que tem e isso reflecte-se nas voltinhas que apenas ele consegue dar nas interpretações fadistas que faz, além da, reconhecida, voz poderosa.
O fadista tem a capacidade de emocionar o público com o seu canto e, mesmo não sendo consensual, é claramente um intérprete destacadíssimo na actualidade fadista. Um percurso que tem vindo a percorrer tranquilamente (inspirado, quiçá, pelo seu Alentejo amado) e por mérito.
Destaque para interpretações como as que ouvimos em ‘Barro Divino’, ‘Entrega’, ‘Fadinho Alentejano’ (no qual imitou várias vozes, num momento extraordinário) ou ‘Eu sei que sou demais’.
O Santa Casa Alfama fechou em grande, numa edição na qual acolheu 10600 pessoas, ao longo de dois dias de festival.
Texto: Rui Lavrador
Fotografias: João de Sousa