O projecto Alexander Search, com Júlio Resende e Salvador Sobral, actua no CCB a 21 de Setembro pelas 21:00. Numas curtas declarações ao Infocul, Salvador Sobral falou sobre as expectativas para este espectáculo.
“É um projecto ainda em crescimento, em cada concerto nós estamos a tentar perceber o nosso caminho e a crescer, e então ainda temos dois ou três concertos até lá, não sei bem quantos”, começa por dizer.
Alexander Search é uma banda de língua inglesa que cresceu na África do Sul, mas que está radicada na Europa, mais concretamente Portugal, ‘paraíso à beira mar plantado’ como dizia o seu maior poeta, Fernando Pessoa.
A sua música mistura influências da indie-pop, música eletrónica e rock. As letras foram escritas maioritariamente por Alexander Search, membro da banda que morreu tragicamente ainda jovem, mas que granjeia o respeito e admiração dos seus pares como ‘the greatest conquerer of the beauty of words’, o maior conquistador da beleza das palavras. Augustus Search é o compositor de serviço da banda, toca piano e sintetizadores e faz a direcção musical. Benjamin Cymbra é um cantor extraordinário e traz na sua voz a garra rock‘n’roll do passado e as angústias e esperanças do presente. O futuro ‘é a possibilidade de tudo’, dizia também Pessoa. Sgt. William Byng comanda a vertente computacional e eletrónica. Marvel K. tem uma guitarrada cortante e espacial. E Mr. Tagus, ex-baterista de jazz, ainda tem na música e groove de África uma das suas maiores riquezas.
“É importante saber que é uma banda em crescimento ainda e eu acho que vai ser bonito o CCB, é a minha sala preferida em Lisboa, portanto vai ser quentinho e vai lá estar o Benjamim, portanto vai ser sempre giro”, diz ainda Salvador sobre o seu personagem na banda, antes de acrescentar que “ antes gostava que o Benjamim fosse o gajo mais formal, um gajo posto, muito correto e queria cantar o tempo todo assim e depois não conseguia, uma pessoa é envolvida pela musica e já fico eu Salvador ali no meio a fazer as minhas loucuras, mas é engraçado que eu sinto que posso fazer mais loucuras”.
Deixa ainda um convite ao público para que “venham, que é um apoio à cultura portuguesa, à literatura, à literatura que Fernando Pessoa transposta para a musica, é uma coisa bonita, e acontecem muitas coisas giras, há muita liberdade em palco”.