Super Bock Super Rock: Há Rock (e muito mais) no Parque das Nações!

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O Super Bock Super Rock levou, ontem, milhares de pessoas ao Parque das Nações. Alexander Search, The New Power Generation, Capitão Fausto e Red Hot Chili Peppers foram os concertos que a equipa do Infocul acompanhou.

 

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Alexander Search- Palco EDP

A 23ª edição do Super Bock Super Rock abriu com o novo projecto de Júlio Resende e Salvador Sobral. Alexander Search é um dos muitos heterónimos ingleses de Fernando Pessoa. Salvador Sobral, que passou para o estrelato após vitória no Festival Eurovisão, canta em inglês neste projecto que viaja pelas sonoridades do rock electrónico e indie-pop.

 

 

Júlio Resende é Augustus Search, Salvador Sobral veste a pele de Benjamim Cymbra, Daniel Neto, na guitarra, assume o papel de Marvel K, André Nascimento, na parte electrónica, interpreta SGT. William Byng e o baterista Joel Silva encarna Mr. Tagus.

 

 

Augustus Search é o compositor de serviço da banda, toca piano e sintetizadores e faz a direção musical. Benjamin Cymbra é um cantor extraordinário e traz na sua voz a garra rock n’roll do passado e as angústias e esperanças do presente. O futuro “é a possibilidade de tudo”, dizia também Pessoa. Sgt. William Byng comanda a vertente computacional e eletrónica. Marvel K. tem uma guitarrada cortante e espacial. E Mr. Tagus, ex-baterista de jazz, ainda tem na música e ‘groove’ de África uma das suas maiores riquezas.

 

 

 

Na Pala do Pavilhão de Portugal, onde está localizado o Palco EDP, deu início às actuações com Alexander Search. Salvador Sobral e Júlio Resende encabeçam um projecto cujos artistas contam, todos, com heterónimos inglese de Fernando Pessoa.

 

 

Nós somos os Alexander Search” começou por dizer Salvador Sobral antes de apresentar o restante elenco em palco. “Não vamos falar porque só há tempo para tocar” acrescentou. Numa actuação em que a linguagem corporal e interpretação de Salvador Sobral são semelhantes quando se apresenta a solo,  há a destacar a qualidade de todos os integrantes de Alexander Search. Destaca-se a indumentária com que os elementos aparecem em palco (Salvador Sobral deve ter tido imenso calor tal a quantidade de roupa). Todos os músicos brilham, pois há pelo menos um solo de cada um na actuação do grupo, sendo que o brilho é indubitavelmente maior quando as suas sensibilidades, em conjunto, nos arrebatam.  Um projecto que merece ser acompanhado de perto, mas não caindo em exageros nos elogios. São um novo produto, embora com elementos experientes, e com muito por onde evoluir.

 

 

 

Contaram na plateia com uma presença especial, a fadista Ana Moura. Do alinhamento constaram “Apollo Unto Neptune”, “Far Away”, “Comedy”, “A day of Sun” (single do disco que acaba de sair), “To a moralist”, “I Love my dreams”, “Hope For The Best”, “Regret” e “Solomon Waste”.

 

 

 

The New Power Generation- Palco Super Bock Super Rock

Convidada Especial: Ana Moura

 

 

The New Power Generation serão sempre a banda de Prince. Acompanharam o ícone mundial em várias digressões e discos, e ontem vieram ao Super Bock Super Rock homenageá-lo. Ana Moura foi a convidada especial.

 

 

 

Num espectáculo com ritmo alucinante e que se tornou prazeroso de assistir, foram interpretados vários clássicos. “Sexy MF” abriu o concerto, para depois fecharmos os olhos e viajarmos pela intemporalidade com “I Wanna Be Your Lover”, “Sign O’ the Times”, “Raspberry Beret”, “Kiss”, entre outros.

 

 

Ana Moura subiu ao palco vestida de púrpura para interpretar “Little Red Corvette”. E que bem que esteve a fadista, com uma interpretação cheia de alma, vigor e com visivel emoção nos olhos da artista. Importa referir que Ana Moura actuou com Prince no Super Bock Super Rock em 2010, sendo também conhecida a amizade e admiração que a unia a Prince.

 

 

O espectáculo encerrou com “Purple Rain”, um dos maiores hits, senão o maior, de Prince.

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Capitão Fausto- Palco Super Bock Super Rock

Os Capitão Fausto repetem presença pelo segundo ano consecutivo no Super Bock Super Rock. No ano passado foram reis no Palco Antena 3, este ano a fasquia subiu com a presença no palco principal do festival e a anteceder Red Hot Chili Peppers. Ao Parque das Nações trouxeram o aclamado terceiro disco, que proporciona a quem ouve diferentes tonalidades emocionais, tantas como as velocidades rítmicas interpretadas em palco.

 

 

Os Capitão Fausto mostraram no palco principal do festival que são já uma certeza na música em Portugal. Um rock a transmitir portugalidade em cada palavra e uma energia contagiante em palco, perante um público que mostrou saber muitas das letras ali interpretadas.

 

 

 

Liderados por Tomás Wallenstein, este “grupo de amigos” são cada vez mais uns animais de palco e capazes e extasiar grandes massas. Sim porque a MEO Arena estava bem composta de público e com um coro tão bem afinado na actuação da banda portuguesa não podiam ser apenas fãs dos Red Hot Chili Peppers.

 

 

 

Do alinhamento constou “Maneiras Más”, “Amanhã Tou Melhor”, “Verdade”, “Tem de ser”, “Rapoza”, entre outros. Os Capitão Fausto depois de conquistarem o Palco Antena 3 no ano anterior, brilharam intensamente no palco principal do festival nesta edição.

 

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Red Hot Chili Peppers- Palco Super Bock Super Rock

Três décadas de Êxitos. Uma das mais incontornáveis bandas de rock do mundo. Constituídos, actualmente,  por Anthony Kiedis na voz, Flea no baixo, Chad Smith na bateria e Josh Klinghoffer na guitarra, foram a primeira confirmação para a edição deste ano do festival e sem dúvida alguma um dos maiores motivos de interesse, senão o maior, deste primeiro dia.

 

Arrepiante. O concerto mais aguardado deste edição do Super Bock Super Rock não deixou ninguém indiferente. A MEO Arena estava ‘à pinha’, o entusiamo foi permanente do inicio ao fim do concerto e as vozes estavam bem afinadas para cantarem alguns sucessos da e com a banda californiana.

 

 

Uma jam de baixo, guitarra e bateria antecedeu “Can’t Stop” e a entrada de Kiedis em palco, seguindo-se “Snow (Hey Oh)” e “Dark Necessities”, num ritmo intenso e com o público em êxtase.

 

 

Flea é o líder da banda e quem mais interage com o público, ao mesmo tempo que mantém uma energia que parece inesgotável em palco. Os Red Hot Chili Peppers mostraram no Super Bock Super Rock que são intemporais, rasgam gerações e estão para as curvas. No mínimo para mais 30 anos de carreira.

 

 

“Californication” foi dos momentos altos do concerto, tema que deu nome a um dos melhores discos do grupo, antes de embarcarmos numa viagem pelas décadas de 80 e 90 com “Nobody weird like me”, “Suck my kiss”, “Aeroplane” ou “Give it Away”.

 

Fotografia: Arlindo Homem


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