A Voz do Operário acolheu 2ª Gala de Fado e presidente quer manter o evento por mais anos (C/Som)

 

 

A Voz do Operário recebeu este domingo, 11 de Novembro, a 2ª Gala de Fado que tem como objectivos celebrar o fado, valorizar os seus agentes e ainda recolher fundos para a Voz do Operário.

 

 

O presidente d’ A Voz do Operário, Manuel Figueiredo, falou com o Infocul antes de iniciar o espectáculo.

 

 

Esta foi a segunda edição da gala de fado, sendo que “ a primeira gala correu muito bem, foi um êxito, esperamos que esta possa ainda superar o êxito da primeira gala e com esta iniciativa, o que a Voz do Operário está a fazer é de facto um tributo ao fado, um tributo à sua historia e à participação histórica da Voz do Operário no Fado, fado esse que surgiu como sabem também em defesa das classes trabalhadoras e portanto essa ligação ao fado tem tudo a ver”.

 

 

Deixou ainda a garantia “fazer novas galas, pois é um projecto para continuar, achamos que a dimensão do êxito é para continuar e para crescer, para que isto passe a ser um marco e esperamos que o consigamos em prol do fado e em prol do fado na nossa cidade de Lisboa e um segundo objectivo também, como sabem todas estas participações são gratuitas e a generosidade de todos estes artistas e de todas as pessoas envolvidas neste evento vai reverter a favor deste belíssimo salão, para a sua insonorização e climatização, para o tornar ainda mais agradável e para que nesta zona da cidade de Lisboa exista um dos salões com melhores condições para o desenvolvimento da actividade cultural”.

 

 

O que foi angariado ainda não é muito, mas já tem algum significado, mas não consigo quantificar, mas já são alguns milhares de euros de acordo com as iniciativas que já aqui decorreram, no entanto os trabalhos continuam, já houve projectos que estão elaborados que foram pagos, há uma série de trabalhos a ser desenvolvidos. O orçamento global é de cerca de meio milhão de euros e estamos a trabalhar nesse sentido, é evidente que não descuramos, pelo contrário que também queremos obter apoio das empresas e entidades oficiais porque a actividade cultural necessita de ser apoiada e este salão é belíssimo nesta área”, disse quando questionado sobre valores envolvidos.

 

 

A Voz do Operário tem uma série de valências, para além da valência cultural, a educação continua a ser a nossa principal valência, nós neste momento temos cerca de mil e cem crianças a frequentar os nosso sete equipamentos educativos e digamos que essa é uma área muito importante, desde a cresce até ao segundo ciclo. Para além da actividade escolar temos actividades sociais muito importantes, designadamente temos um centro de convívio, temos um refeitório social, temos apoio domiciliário a idosos, tanto em Lisboa como na margem sul, há uma série de actividades que nós desenvolvemos, também actividades recreativas e desportivas, digamos que é uma instituição muito ecléctica”, revelou quando questionado sobre a acção a instituição e os seus desafios enquanto máximo responsável.

 

 

Quem quiser apoiar a instituição, “pode fazê-lo de várias maneiras, desde logo apoiando financeiramente, mas não é só isso que nos importa, importa muito mais, nós temos muita gente que hoje de uma forma voluntária trabalha connosco e isso é que é trabalhar em prol da comunidade”.

 

 

Já sobre esta gala revelou que “o custo não é muito elevado, pois todos os artistas actuam gratuitamente, o trabalho de montagem também foi um trabalho voluntário, há custos evidentemente desde logo os custos da energia, os custos dos prémios”. 

 

 

 

Os premiados desta segunda gala foram:

Carreira: Florinda Maria e Filipe Duarte

Poesia e Literatura: José Luís Gordo

Compositor: mestres António Chaínho e Joel Pina

Artes e Espectáculo – Hélder Freire da Costa

Solidariedade: Carlos Alberto Moniz

Divulgação: Grupo Desportivo Mouraria

Lisboa: Ada de Castro

Revelação: Marta Alves e André Gomes

Popular: Fernanda Proença

Prestígio: Helder Moutinho

 

 

 

Ao longo da tarde, e por entre as entregas de prémios, actuaram: Ana Pacheco, Tânia Oleiro, Lenita Gentil, Maria Amélia Proença, Maria Armanda, Maria da Nazaré, Conceição Ribeiro e Teresa Tapadas. As artistas foram acompanhadas por Ricardo Parreira na guitarra portuguesa, Miguel Silva na viola de Fado e Júlio Garcia na viola baixo. Destacar que alguns dos premiados, ainda interpretaram alguns fados, casos de Marta Alves, André Gomes, Fernanda Proença, Ada de Castro, Carlos Alberto Moniz, Helder Moutinho (com o extra de ter sido surpreendido pela sua própria mãe que lhe cantou um fado aquando da entrega do prémio), Florinda Maria e Filipe Duarte. Um espectáculo que se prolongou por mais de cinco horas. Foi ainda prestada breve homenagem a Celeste Rodrigues.

 

 

Fotografia: Gala de Fado A Voz do Operário (Facebook)

Rui Lavrador

Iniciou em 2011 o seu percurso em comunicação social, tendo integrado vários projectos editoriais. Durante o seu percurso integrou projectos como Jornal Hardmúsica, LusoNotícias, Toureio.pt, ODigital.pt, entre outros Órgãos de Comunicação Social nacionais, na redacção de vários artigos. Entrevistou a grande maioria das personalidades mais importantes da vida social e cultural do país, destacando-se, também, na apreciação de vários espectáculos. Durante o seu percurso, deu a conhecer vários artistas, até então desconhecidos, ao grande público. Em 2015 criou e fundou o Infocul.pt, projecto no qual assume a direcção editorial.

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