
Mitos religiosos e ‘fake news’ têm deixado indígenas brasileiros apreensivos no momento de serem vacinados contra a covid-19, com receio de se tornarem “jacarés” ou de “receberem o sinal da besta”, relatou à Lusa a nativa Vanda Ortega.
Apesar de em muitas aldeias indígenas da Amazónia não haver sinal de rede móvel nem acesso à Internet, o “passa palavra” acaba por ser um método mais rápido e eficaz, com as notícias falsas sobre a imunização a atravessar gerações e a consolidar medos.
Vanda Ortega, do povo Witoto, professora e técnica de enfermagem que atua na linha de frente no combate à pandemia em Manaus, foi a primeira indígena a ser imunizada contra a covid-19 no estado do Amazonas, garantindo que aceitou o convite com o intuito de desmistificar todas as crenças em torno da vacina e assumiu que também tinha os seus medos.
Texto: Lusa