Cristina Ferreira na Assembleia da República para criminalizar insultos nas redes sociais

Cristina Ferreira na Assembleia da República para criminalizar insultos nas redes sociais, referiu.

Cristina Ferreira na Assembleia da República para criminalizar insultos nas redes sociais

A 13 de janeiro de 2021, deu entrada na Assembleia da República a petição “Contra o ódio e a agressão gratuita na Internet”, que Cristina Ferreira assinou e que, mais de um ano depois, foi finalmente discutida.

O tema ganhou uma maior dimensão aquando do lançamento do livro de Cristina Ferreira, ‘Pra Cima de Puta’, em novembro de 2020, sobre os comentários ofensivos que recebeu nas redes sociais e de que foi alvo nesse mesmo ano, durante o processo de mudança da SIC para a TVI.

A petição foi discutida por uma comissão parlamentar, onde Cristina esteve presente.

Que se faça o debate“, escreveu numa instastorie, onde partilhou uma foto junto à Assembleia da República, a erguer o seu livro.

Cristina Ferreira fez-se acompanhar pelo editor do referido livro, Rui Couceiro, e defendeu a criação de uma entidade que regule a internet: “Deveria ser pensada uma entidade reguladora das redes sociais, no mínimo, para que as pessoas de alguma forma pudessem ter um local onde se pudessem dirigir caso se sentissem ameaçadas, difamadas, injuriadas, o que quer que seja, através dos outros nessas mesmas redes sociais“.

Cristina disse que as redes sociais são um “território sem lei” e explicou por que sugeriu esta entidade, que deve discutida em plenário.

A ERC [Entidade Reguladora para a Comunicação Social] não tem, a meu ver, para já, qualquer atividade na regulação das redes sociais, nem em muito dos sites que, de alguma forma, alguns deles, pretendem ser noticiosos e sabemos muito bem que não são e que continuam a comprometer todas as leis do jornalismo, tentando fazer notícias insidiosas com os seus títulos – e aqui eu já estou na minha vertente de figura pública, que sou visada nessas mesmas notícias“, referiu.

Cristina Ferreira sublinhou que é necessário proteger a “cidadania” de quem lê e vê notícias “e que não têm uma capacidade total de discernimento, de perceber o que está a ser dito e pela forma como está a ser escrito nesses mesmos sites”, afirmando ainda que muitas vezes é confundida a “liberdade de opinião com liberdade de agressão“.

Tanto Sofia Matos, deputada do PSD, como Isabel Moreira, do PS, louvaram a iniciativa, uma vez que também os deputados são também alvos de mensagens insultuosas diariamente: “Estamos aqui para colaborar“.

Posteriormente, Cristina recorreu às redes sociais para abordar a sua presença na Assembleia da República.

O debate chegou hoje à assembleia da república. Fui recebida em comissão parlamentar para defender a petição assinada por mais de 50 mil pessoas na sequência do lançamento do livro cuja temática assenta na disseminação do discurso de ódio na internet”, começou por escrever.

A discussão foi feita com representantes dos vários partidos com assento na assembleia e segue para plenário em breve. A tipificação do crime de ofensa nas redes sociais e a criação de uma entidade reguladora foram alguns dos pontos por mim defendidos nesta comissão. A liberdade de expressão não pode ser confundida com a liberdade de agressão“, acrescentou.

A necessidade de debate e regulamentação foi referida por todos como premente e, por isso, avançar para plenário deixa-me profundamente feliz e convicta de que a minha voz está a ser usada num tema da mais profunda relevância social“, continuou.

Por fim, Cristina Ferreira afirmou que “nas redes sociais somos todos figuras públicas” e que, sem regulação, os insultos multiplicarão.

Um espaço de socialização importantíssimo para não ter um olhar célere e capaz de prevenir futuros danos geracionais. Hoje foi um dia importante“, rematou.

Pode ver a audição de Cristina Ferreira na Assembleia da República AQUI.

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