Filipe Duarte concedeu entrevista ao Infocul, durante a 2ª Gala de Fado d’ A Voz do Operário, abordando o prémio atribuído e ainda o actual momento do fado.
“Tenho de agradecer a Deus já ter esta idade e ter uma longa carreira já de 60 anos e que alguém se lembra de me atribuir o prémio que vou receber hoje”, começou por nos dizer, antes de deixar um conselho aos mais novos, “pelo menos que sigam a carreira que eu segui, com honestidade e respeito pelos mais próximos e pelos mais antigos. Que estimem as pessoas que gostam de fado”.
“O fado actualmente não é nada do que era aqui há uns anos atrás, há vários contras para que as pessoas, os portugueses já não frequentem muito as casas típicas, não há espaço para arrumar os carros e isso veio prejudicar muito as casas de fado. O fado hoje está a viver à base do turismo, as casas estão completamente cheias e ainda bem que estão, mas para mim o fado para mim não é nada do que era antigamente”, disse-nos sobre a actualidade fadista, recordando ainda o seu percurso, “canto nas casas típicas, tenho cantado em todo o lado, incluído o estrangeiro, desde o Brasil, Estados Unidos (…) corri tudo por ai fora. França, Bélgica, Holanda e Macau até, portanto já tenho uma longa carreira graças a Deus e um curriculum que posso agradecer a Deus”.
Fotografia: Rodolfo Contreras