No primeiro dia de Fevereiro, foi já noite dentro que Joan Baez regressou a Portugal para actuar no palco o Coliseu dos Recreios, em Lisboa.
Como grane novidade, a cantora e activista, trazia “Whistle Down The Wind”, o mais recente disco. Um espectáculo inserido na última digressão de uma artista que conta com extraordinários 60 anos de carreira. Este último disco foi produzio por Joe Henry e tem como curiosidade o facto de ter sido gravado em apenas dez dias, contando com compositores como Tom Waits, Josh Ritter, Eliza Gilkyson a Mary Chapin Carpenter.
Com 78 anos de vida e número maior de estórias que fazem parte da histórias de milhões de pessoas, Joan Baez é a humanização de um adeus à voz de milhões que consigo lutaram por ideais.
Perante público maioritariamente sénior, vislumbraram-se também alguns jovens numa plateia quase cheia, pese a noite desagradável de frio e chuva que se fez sentir em Lisboa, com Joan Baez a mostrar as qualidades interpretativas de sempre…e que para sempre perdurarão na memória de quem teve o privilégio de a ver e ouvir.
Quem não se lembra das suas versões de obras de Bob Dylan, Pete Seeger, John Lennon, entre tantos outros? Com Baez a arte é livre, abrangente e qualitativa. Vamos ter saudades, essa palavra tão portuguesa mas que a deixamos consigo! Folk e forte carácter continua(ra)m a ser imagens de marca. Destaque para Grândola, do não menos maravilhoso Alentejo, que teve destaque no seu espectáculo!
A reportagem fotográfica de João de Sousa.