
Maria Armanda celebra 50 anos de carreira e actuou este domingo n’ A Voz do Operário, em Lisboa.
Ao Infocul revelou que “é sempre um prazer enorme e agradeço terem-se lembrado de mim, que eu existo, porque para o ano estou cá outra vez com certeza, porque os artistas para além de serem solidários, são solitários, quase sempre por uma causa e esta causa merece que todos viéssemos aqui e que tivéssemos um bom ambiente e que seja uma grande tarde”.
“Em termos de espectáculos vou aparecendo, esta noite estive a cantar ali para os lados de Cascais, e vão aparecendo espetáculos. O disco saiu há pouco mais de seis meses, de maneira que ainda está pequenino, ainda nasceu há pouco tempo, mas está tudo a correr muito bem e esperemos continuar assim com certeza”, acrescentou.
Com um percurso de enorme valor e importância no fado, questionei sobre actuar no Coliseu dos Recreios, tendo Maria Armanda dito que “tenho medo. É grande demais para mim, vou lá muitas vezes mas nunca sozinha porque tenho sempre medo, mas gostava, quanto mais não fosse para medir a intensidade com que as pessoas gostam de mim e eu tenho a certeza absoluta que gostam, mas é uma responsabilidade enorme, que eu acho que é difícil”.
“Pedrito de Portugal” ´é um dos maiores sucessos da carreira de Maria Armanda, sendo também nome de um matador de touros português. Com a actual polémica em volta da tauromaquia, questionámos a opinião de Maria Armanda, com a fadista a revelar que “acho horrível, embora eu não seja uma aficionada de me deslocar para ir ver, mas sempre que posso vou e se as pessoas gostam daquele estilo de cultura que existe, porque é que estão a fazer uma coisa destas, porque é que isto acontece? Sei lá, há um interesse qualquer em acabar com as touradas, mas se é isso, então que acabem já e não se pensa mais no assunto. Acho muito mal, muito mal, é cada cabeça sua sentença”, mostrando assim apoio à liberdade de cada um.
Fotografia: Gala de Fado A Voz do Operário (Facebook)