O Auditório Municipal Augusto Cabrita, no Barreiro, recebeu Miguel Gameiro e um espectáculo inserido na digressão do seu mais recente disco, “Maria”.
Este disco é uma homenagem às mulheres, ao papel da mulher e também às mulheres da vida de Miguel Gameiro, com destaque para a mãe (marcou presença na plateia do auditório) e para a avó.
Com sala praticamente esgotada, faltava pouco mais de uma dezena de lugares por ocupar, Miguel Gameiro deu um espectáculo de grande qualidade e intimista, notando-se e apostando na forte interacção com a assistência.
Este espectáculo além dos temas que integram o disco, trabalho discográfico no qual Miguel Gameiro faz duetos com Mariza-Mafalda Veiga-Cuca Roseta, entre outras, conta também com temas escritos por Miguel Gameiro ao longo de 25 anos de percurso artístico e que integraram a discografia dos Pólo Norte e também dos discos de Miguel Gameiro, a solo.
Num espectáculo simples, bem preparado e na qual soube quando e como improvisar, houve oportunidade para “Aquela Canção” ser esquecida e recordada. A partir desse momento vários foram os momentos em que a arte, o amor e a qualidade deram as mãos e permitiram um constante abraço entre Gameiro e o público do Barreiro.
“Lisboa”, “Grito”, “Deixa o mundo girar”, “Abraço”, “O tempo não pára”, “Aprender a ser feliz”, “Dança”, entre tantos outros sucessos, permitiram ao público uma viagem a alguns dos temas que marcaram vidas e parte da história da música portuguesa ao mesmo tempo que Miguel Gameiro foi ensaiando o ‘Coro do Barreiro’, que ganhou em afinação, comparando com os restantes espectáculos da digressão, segundo disse o músico.
Os aplausos insistentes ‘obrigaram’ a um encore no qual Miguel Gameiro veio tocar para o meio da plateia, terminando depois o espectáculo com um fado trágico-cómico e com “Lisboa”.
Destacar ainda os músicos que acompanharam Miguel Gameiro em palco pela qualidade e simbiose demonstradas ao longo de todo o espectáculo.