
Manuel Luís Goucha conversou com o actor Diogo Infante, hoje, no programa Conta-me, da TVI.
Sobre a área profissional, Diogo Infante recordou a vertente de actor mas também encenador.
Quando é apenas actor e tem um encenador acima de si, “tento-me colocar no meu papel. ‘Diogo aguenta-te, Diogo ouve’. Levanto questões. Tu mandas-me fazer uma coisa e eu pergunto porquê. Eu proponho, se o encenador não gostar eu respeito e ponho-me no meu papel“, explicou.
“Às vezes são os atores medíocres que se poem em bicos de pés e isso é que é o problema“, explicou.
Para Diogo Infante, fazer peças é um desafio: “Somos um pouco atirados aos leões, nós temos que provar aqui e agora que somos capazes“.
Emocionou-se ao recordar a mãe e a avó.
A avó faleceu aos 90 anos, Diogo encarou como normal.
Mas a morte da mãe já não.
“A minha mãe partiu cedo de mais. A minha mãe morre em setembro e o Filipe (filho) aparece em janeiro. Não tive tempo para fazer aquele luto. Durante muito tempo falava com ela na minha cabeça porque a sentia presente, mas deixei de o fazer para poder partir“, disse.
Tem pena que o filho, Filipe, não tenha conhecido a avó [mãe de Diogo Infante].
Filipe é adoptado. Foi adoptado quando tinha 7 anos, hoje tem 18.
“Foi a melhor decisão que tomei”, disse.
“Quando me telefonaram comecei logo a chorar. Foi como se tivessem dito: ‘o seu filho nasceu’. Liguei ao Rui e disse: ‘Vamos ser pais‘”, lembrou.
“Foram 11 anos maravilhosos. Ele é muito protetor de nós os dois. É um ser luminoso e especial“, explicou.