Francisco Palha: “Para qualquer toureiro e para a carreira de qualquer toureiro, vir a Madrid é sempre motivo de orgulho”, destacou.

Entrevista e Fotografia: Miguel Vidal Pinheiro
Texto: Rui Lavrador
Depois de no ano passado ter ido a Las Ventas, onde cortou uma orelha e com fortíssima petição de segunda, Francisco Palha voltou ontem à praça de touros de Madrid.
Não teve tanta sorte este ano, sendo silenciado após a lide do touro que lhe calhou em sorte.
No final da corrida, o cavaleiro concedeu declarações ao Infocul.
“Na minha lide, fiz o que podia mediante o touro que tive em sorte. Relativamente ao touro, não faço qualquer avaliação, não sou ganadeiro. Não ajudou, não facilitou, mas isto é mesmo assim. Por isso é que a tauromaquia é tão bonita e difícil ao mesmo tempo, um dia é de caça e outro é do caçador. Para o êxito romper, faz falta que o touro ajude e hoje não tive a sorte do touro ajudar“, começou por dizer sobre a actuação e o touro que lhe calhou em sorte.
Sobre a responsabilidade que acarreta ir a Madrid lidar apenas um touro, dada a dificuldade em cortar orelhas naquela praça, disse: “É o que é. Fico feliz por estar aqui e não estar em casa“.
Francisco Palha já actuou algumas vezes em Madrid e questionámos sobre o que muda para um cavaleiro, após ali actuar.
“Não lhe sei explicar bem, mas estamos perante a praça de touros mais importante do mundo. Para qualquer toureiro e para a carreira de qualquer toureiro, vir a Madrid é sempre motivo de orgulho. Não é uma coisa que se explique, mas que se sente“, respondeu Francisco Palha.
Francisco Palha é um dos mais destacados cavaleiros da actualidade e tem desenhado uma temporada com lides de muito mérito e valor, como aqui já o referimos em várias ocasiões.