G.F.A. Clube Taurino Alenquerense: “Actuar na Nazaré transporta-nos sempre para sentimentos de felicidade, emoção e compromisso”, destacou Fábio Lucas.


A Praça de Touros do Sítio da Nazaré receberá a 5 de Agosto, a segunda corrida de touros da sua temporada tauromáquica.
Destaque para o concurso de pegas, que será disputado pelos grupos de forcados amadores de Azambuja, Aposento da Chamusca e Clube Taurino Alenquerense.
Actuam os cavaleiros Francisco Palha, Luís Rouxinol Jr., e António Ribeiro Telles [filho], frente a touros de Manuel Veiga [imagens AQUI].
O cabo do Grupo de Forcados Amadores do Clube Taurino Alenquerense, Fábio Lucas, concedeu declarações ao Infocul.pt em que aborda as expectativas para esta corrida e faz um resumo da temporada até ao momento.
“As expectativas para o concurso de pegas do próximo dia 5 de Agosto na Nazaré são de uma grande corrida, um grande curro de toiros, com triunfos assinaláveis e de que o público saia satisfeito e com vontade de voltar aos toiros, pois quando assim é ganhamos todos, público, empresários, artistas e toda a comunidade taurina“, começou por nos dizer, sobre as expectativas para sábado.
“Quanto ao nosso grupo especificamente, são de não defraudar o público, dignificar a figura do Forcado Amador e de estar à altura da responsabilidade que é ir actuar na praça da Nazaré“, acrescentou.
“Uma coisa é certa, vamos com a expectativa de triunfo“, garantiu.
“O Grupo encontra-se num bom momento, a viver uma temporada positiva para aquilo que é a realidade da tauromaquia em Portugal e tendo em conta as dificuldades que é entrar nas corridas pela diversidade de grupos existentes. Já pisamos praças este ano que até então não tínhamos pisado na história do grupo e entramos em corridas importantes com a de sábado passado na Figueira e no próximo sábado na Nazaré. É sempre bom ver que o reconhecimento pelo grupo existe e que as pessoas gostam de nós e nos dão valor enquanto grupo e instituição“, referiu, sobre a temporada que tem sido feita pelo grupo, até ao momento.
Sobre se existem muitos elementos novos no grupo, Fábio Lucas disse: “Temos sim muita rapaziada nova e também alguns antigos a “pendurar os sapatos” com se costuma dizer. Portanto a renovação é constante e a dificuldade em arranjar corridas não ajuda a formar os miúdo novos, logo muitas das vezes tenho de fazer apostas e arriscar em praças e corridas de maior importância para os meter a andar para a frente, caso contrário também desmotivam“, acrescentando que “tenho de o fazer porque o futuro do grupo a eles pertence e os jovens são a continuidade qualquer grupo de Forcados“.
“Até agora apesar da renovação, as coisas têm corrido bem ao grupo e a época tem sido muito positiva. O mais difícil tem sido mesmo gerir os elementos do grupo, pois não consigo dar as oportunidades todas que gostaria de dar, gostava de ter mais algumas corridas para compor a época. Mas sendo que não é possível, as vezes mais vale poucas e boas e é isso que temos conseguido“, explicou.
Fábio Lucas elogiou ainda o ambiente que se vive na Nazaré: “Actuar na Nazaré transporta-nos sempre para sentimentos de felicidade, emoção e compromisso. Pois é uma das feiras mais importantes do nosso país onde actuam sempre as maiores figuras da nossa atualidade, como tal, para nós é um privilégio estarmos presentes, o que só eleva o nosso grupo e nos enche de orgulho“.
“Sendo uma praça de beleza e carisma única, onde o público é sempre tão acolhedor, e onde também é costume termos muitos apoiantes Alenquerenses nas bancadas, vamos sempre com a ilusão de triunfo e comprometidos em não defraudar o público“, reforçou.
“A ganadaria Manuel Veiga é uma ganadaria de prestígio na nossa festa e que geralmente permite triunfos aos toureiro. Geralmente são toiros que andam e transmitem. Espero que assim seja porque os toiros estão com uma apresentação irrepreensível, esperemos que no seu comportamento também correspondam às expectativas”, contou, sobre a ganadaria que estará presente na 2ª corrida da temporada nazarena.
Fábio Lucas foi ainda questionado se há alguma perspectiva quanto ao número de corridas a realizar pelo grupo nesta temporada.
“O número de corridas é sempre uma incógnita porque é algo que não depende só de nós e também não depende só do estar bem ou não. Depende também das relações com empresários, dos gostos do público, que quer queiramos quer não, é quem paga o bilhete, e das trocas, pois infelizmente é assim que as coisas funcionam hoje em dia. Nós, como se sabe, em Alenquer é uma desmontável o que não permite fazer as jogadas de bastidores para entrarmos em certos cartéis, contudo, o facto de mesmo assim estarmos presentes só nos enche ainda mais de orgulho, pois leva-nos a acreditar que ainda somos contratados por valor que nos é reconhecido“, explicou.
“Este ano estimamos fazer cerca de 10 corridas, mas a época ainda vai a meio, e é difícil saber se conseguiremos atingir esse número. Vamos ver“, disse, sem certeza.
“Os maiores desafios como cabo, a par de ser o tentar arranjar corridas para o grupo, o de deixar o grupo bem visto, com amizades por onde passa e estimar as pessoas que connosco se cruzam, são o de lidar com eventuais lesões dos Forcados“, disse-nos sobre os seus maiores desafios, enquanto líder do grupo, acrescentando que “essa é sempre uma preocupação penso que transversal a todos os cabos e o desafio é fazer boas decisões de forma a minimizar os risco de lesões“.
“Gostaria de convidar todos os aficionados a marcarem presença no próximo dia 5 de agosto na Nazaré, pois a corrida conta com um grande cartel, com um bonito curro de toiros e tem o atrativo de se disputar um concurso de pegas. Os ingredientes estão lançados para que seja uma corrida do agrado de todos. Venham aos toiros à Nazaré apoiar a Tauromaquia“, rematou.