G.F.A. Évora: Reportagem do treino e entrevista ao actual e futuro cabo do grupo

G.F.A. Évora: Reportagem do treino e entrevista ao actual e futuro cabo do grupo, no dia de ontem.

G.F.A. Évora: Reportagem do treino e entrevista ao actual e futuro cabo do grupo

Entrevista e Fotografias: Roberto Pingas Rodrigues
Texto: Rui Lavrador

O Grupo de Forcados Amadores de Évora realizou, ontem, um treino na Praça de Touros Vera Cruz, em Portel.

Tratou-se do 2º treino da temporada para este grupo. As reses foram da ganadaria António Alexandre.

O Infocul aproveitou para entrevistar João Pedro Oliveira [Guga] e José Maria Caeiro. Actual e futuro cabo do grupo, numa sucessão marcada para a corrida de touros que realizar-se-á na Arena d’Évora a 1 de Julho.

João Pedro Oliveira: “Foram 17 anos no Grupo de Forcados Amadores de Évora, com intensidade máxima, muita devoção e amor”

O que já podes revelar sobre a comemoração dos 60 anos do grupo, em termos de actividades?

Guga: Antes de mais obrigado pela vossa presença aqui no treino. Em termos do plano de actividades dos 60 anos, temos já um plano montado. Começa na próxima terça-feira, dia 21, com a inauguração da nossa tertúlia e sede. Passados 60 anos, é um sonho tornado realidade e o pontapé inicial das comemorações dos 60 anos do grupo. Depois temos o Dia de Campo, a 6 de Maio, realizar-se-á no Monte das Flores, em Évora. Será um dia de convívio, com todas as famílias ligadas ao grupo, amigos, antigos elementos, todos juntos. Temos a corrida de São Pedro que será celebrativa dos 60 anos do grupo e que marca a minha despedida, a 1 de Julho, na Arena D’Évora. Esse dia terminará com um jantar de gala. Depois há mais novidades que iremos revelar ao longo do ano, não queremos já desvendar tudo. Temos também já um número assinalável de corridas marcadas, portanto será um ano de festa, de muito convívio e a honrar os 60 anos do grupo.

Há alguma ideia de quantas corridas pretendem fazer este ano, tendo em conta a efeméride dos 60 anos?

Não temos um objectivo planeado. Queremos chegar às 20 corridas. Há muitos grupos, há um decréscimo de corridas, mas acho que se está a compor. O que te posso dizer é que temos um número significativo de corridas.

Este ano deixas de ser cabo. Como te sentes e o que mais destacas no futuro cabo?

Guga: Sinto-me realizado. Foram 17 anos no Grupo de Forcados Amadores de Évora, com intensidade máxima, muita devoção e amor ao grupo e estou muito agradecido ao grupo por tudo o que me deu. Recebemos sempre muito mais do que aquilo que damos. Estou muito realizado enquanto cabo e forcado.

Do Zé Maria não há muito a dizer. A sua escolha para cabo foi unânime, todo o grupo votou nele, todo o grupo confiou-lhe o destino do grupo, sei bem das qualidades e características do Zé Maria e daquilo que tem para dar ao grupo, Avizinha-se um futuro glorioso ao grupo, cheio de momentos bons, cá estaremos todos para o apoiar a ele e ao grupo.

Este ano haverá muita gente a entrar no grupo?

Guga: Sim, bastante gente nova. Na semana passada foram 46 elementos a treinar, hoje estamos perto dessa marca ou até mais, portanto é um sinal inequívoco do bom momento e bom ambiente que se vive no grupo.

José Maria Caeiro: “Vou comandar à minha maneira, mas seguindo o registo do que é ser do Grupo de Forcados Amadores de Évora”

Este ano irá assumir a função de cabo. Há alguma ansiedade?

José Maria Caeiro: Não chamarei ansiedade, mas há sempre um nervosismo, pela responsabilidade que isso implica. Depois de 60 anos gloriosos ininterruptos, com vários cabos de excelência, a saberem comandar homens, torna-se complicado. Mas estou cá para assumir o desafio. Graças a Deus temos muita malta nova, temos também muita malta antiga a acompanhar o grupo e sinto que com o apoio de todos faremos um futuro muito bonito.

Como será enquanto cabo em termos de comando do grupo?

José Maria Caeiro: Vou tentar seguir os ensinamentos que tive ao longo destes 11 anos que estou no Grupo de Évora. Apanhei dois grandes cabos, o António Alfacinha e o Guga, diferentes mas ambos grandes cabos. Claro que vou comandar à minha maneira, mas seguindo o registo do que é ser do Grupo de Forcados Amadores de Évora.

Qual a maior marca que o Guga lhe deixa enquanto cabo cessante?

José Maria Caeiro: A valentia, a garra, o saber comandar, ter o grupo sempre com ele, saber cativar as pessoas de dentro e fora do grupo. Vou tentar manter essa união.

Na sua opinião o que distingue o grupo de Évora dos demais?

José Maria Caeiro: Costumamos dizer que não somos melhores, nem piores. Somos diferentes. Somos à nossa maneira, regemos à nossa maneira, marcamos a nossa história por sermos diferentes.

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