Mara Pimenta e Paco Velasquez foram o destaque maior na corrida de touros em Vila Viçosa, este sábado, 10 de Setembro.


Vila Viçosa recebeu, hoje, um corrida de touros com um cartel jovem, contando com três cavaleiros de alternativa tirada recentemente e três cavaleiros ainda praticantes.
Pelas 17 horas, deu-se inicio às cortesias para que Soraia Costa, Joaquim Brito Paes, António Núncio, Mara Pimenta, Paco Velasquez e Tristão Ribeiro Telles, bem como os grupos de Forcados Amadores de Ribatejo, São Manços e Arronches desfrutassem e se dessem a conhecer ao público. Os cavaleiros e forcados enfrentaram um curro misto, três de Vale Sorraia e três de Brito Paes.
Encarregue de abrir praça, Soraia Costa deu uma boa lide ao oponente faltando nitidamente a rodagem para que as coisas resultassem mais naturais. A lide foi esforçada com ferros a resultarem desequilibrados, tendo um ferro curto sido cravado entre a divisa e córnea do touro, numa sorte de frente com reunião larga. Soraia neste ano não tem tido muita atuação para se preparar e é natural que o nervoso miudinho tome conta de si. Duarte Pinedo, pelo grupo do Ribatejo, consumou à primeira tentativa.
O segundo atuante foi Joaquim Brito Paes que tirou alternativa já este ano. A lide teve um tom crescente, revelando o cavaleiro um bom entendimento do touro. O cavaleiro deixou bem destacado o terceiro e quarto ferro curto com reuniões cingidas e devidamente ajustadas. Duarte Teles consumou à segunda tentativa, pelos Amadores de São Manços, tendo na primeira faltado ajudas para fechar a pega e o forcado acabou derrotado junto a tábuas.
De seguida actuou António Núncio que também tirou alternativa recentemente em Reguengos. O seu oponente saiu com sinais de pouca visibilidade, embatendo sem que se apercebesse nas tábuas e colhendo um peão de brega, sem mal maior. O touro também durante a lide mostrou-se com pouca força e sem maldade e complicou o labor da função do ginete ao não investir. Ainda assim, o cavaleiro fez de tudo quanto pode para tapar a falta de visibilidade do oponente. Luís Sarrato pelos amadores de Arronches, consumou à primeira tentativa.
Mara Pimenta elevou o nível das lides, também chegando com facilidade ao público. Mara andou assertiva na escolha dos terrenos e a lide foi a mais, acabando com um momento alto, de cravar um ferro curto pelo corredor. Mara esteve bem nos ferros curtos, tendo como maior destaque o terceiro, quarto e os ferros curtos com que rematou a lide. Ricardo Regueira, pelos amadores do Ribatejo, consumou à primeira tentativa.
O fim do espetáculo aproximava-se e Paco Velasquez aproveitando a fasquia em que Mara deixou as lides, também esteve em bom nível. O cavaleiro aproveitou as arrancadas do oponente que cedo se mostrou pronto e apto para a lide. Sortes frontais e tentativas de violino marcaram a lide do ginete. Esteve à vista que a tentativa de uma sorte de violino fez parte do que o cavaleiro queria deixar na praça que não conseguiu executar. Alexandre Rocha, pelos Amadores de São Manços, consumou ao quarto intento.
Encerrou o espetáculo o cavaleiro praticante Tristão Ribeiro Telles, com imensa dificuldade em concentrar o touro na lide. A lide acabou por ir a mais com muita insistência do cavaleiro. As coisas quando não correm a jeito, qualquer pessoa entra em desespero e esse mesmo desespero fez com que o cavaleiro falhasse duas cravagens. Tiago Policarpo, pelos Amadores de Arronches, encerrou com um pegão dedicado a sua mãe.
O espetáculo teve um bom ritmo mas faltou a emoção, o chegar as bancadas e principalmente touros.
A aliciante da corrida era um confronto entre elas e eles saindo da parte delas, Mara como vencedora e deles, Paco Velasquez.
Dirigiu Marco Gomes, assessorado por José Guerra Filho e no cornetim Hélio foi quem marcou presença.