Marcos Bastinhas promete uma temporada 2024 diferente: “estou mais maduro a fazer as coisas, com outra capacidade, outra visão”, assinalou.
O cavaleiro Marcos Bastinhas prestou declarações ao Infocul.pt, na passada terça-feira, à margem da apresentação dos cartéis da temporada no Campo Pequeno.
Um dos mais importantes toureiros da sua geração e aquele que mais público tem levado às praças, destaque para os mais jovens que o idolatram, abordou aquilo que será a sua temporada.
“Vamos ter um Marcos no seguimento das temporadas anteriores. Tenho noção que este ano estou mais maduro a fazer as coisas, com outra capacidade, outra visão de ver as coisas. Os toureiros vão amadurecendo e mudando a sua forma de entender o toureio e tourear. Neste momento, estou um toureiro mais tranquilo, mais calmo, com a parte da espectacularidade na parte final [da lide]. Penso que é um toureio mais para o aficionado, na primeira parte das lides, depois também para o resto do público, na parte final das lides, com mais espectáculo“, contou.
“Uma temporada com as mesmas ganas, mas com uns apontamentos um pouco diferentes“, justificou.
Na temporada passada, Marcos sofreu alguns percalços com a sua quadra de cavalos. 2024 não começou melhor.
“Este ano comecei logo com um percalço, num festival que fiz, com um cavalo no qual depositava grandes esperanças, o Nesquik“, começou por dizer.
“Na temporada passada já tinha dado mostras de poder vir a ser uma grande ajuda, foi uma perda importante e que me fez equacionar muitas coisas, muitas horas de sono perdidas, a pensar qual o caminho a seguir“, prosseguiu.
“É uma quadra um pouco mais reduzida, mas se calhar também foi isso que me ajudou a pensar e ver o toureio de uma forma diferente“, assumiu.
Em 2024 reduzirá o número de corridas, comparativamente a 2022 e 2023.
“Vou tirar um pouco o pé do acelerador, vou tentar desfrutar mais de cada tarde, pensar mais em cada tarde, ter mais toureio em cada tarde, fazer entre as 20 e as 25 corridas, não mais que isso, também porque a quadra não é muito, muito extensa“, destacou.
“No próximo ano será diferente, tenho já vários cavalos em trabalho, para que no próximo ano possa tirar dois ou três. Portanto, esta temporada será de muita qualidade em termos de cartéis, mas pouca quantidade“, revelou.
“Tenho 3 da minha coudelaria, outros 4 que não são meus. São 7 cavalos que estou a preparar, desses se dois ou 3 servirem, será uma grande ajuda“, rematou.
Texto e Entrevista: Rui Lavrador
Fotografia: Nuno Almeida