Miguel Moura após actuar em Las Ventas: “Penso que foi uma tarde importante para mim e para a minha carreira”, disse ao Infocul.
Entrevista e Fotografia: Miguel Vidal Pinheiro
Texto: Rui Lavrador
Miguel Moura cortou, ontem, uma orelha em Madrid, sendo o português mais destacado na corrida de rejoneio que ali se realizou. Aliás, Miguel cortou a única orelha da tarde.
No final da sua lide, Miguel Moura concedeu declarações ao Infocul.
“Penso que foi uma lide bastante positiva, toureei a gosto em Madrid, a mais importante do mundo. O público desfrutou, o touro transmitiu emoção para as bancadas. Penso que foi uma tarde importante para mim e para a minha carreira“, começou por dizer.
Sobre o facto de lidar apenas um touro e da dificuldade que é cortar orelhas em Madrid, questionámos se isso aumentava muito a responsabilidade: “Sim, sem dúvida. Obviamente que lidando dois touros, possivelmente a probabilidade [de cortar mais orelhas] era maior. Mas quanto às orelhas, penso que conseguiu demonstrar a esta afición a minha forma de tourear, defender bem o apelido que levo às costas, estou bastante satisfeito“, respondeu o cavaleiro.
Sobre o que muda para um cavaleiro, após actuar em Madrid, Miguel foi claro: “Não é mudar, mas para nós, como profissionais, estar em Madrid é o máximo. É sinal que o nosso trabalho é reconhecido, é muito importante para nós estarmos aqui presentes, embora não seja na Feira de San Isidro. Mas Madrid, é Madrid. Foi com grande orgulho, trabalho e dedicação que estive aqui em Madrid, porque já é a terceira vez“.
“Penso que os três representámos bem o toureio português. Quanto às orelhas, a sorte é assim, uns dias cai mais para um lado e outras vezes cai mais para o outro. Penso que representámos muitíssimo bem Portugal“, disse ainda, quando questionado sobre o bom toureio que os três cavaleiros lusos apresentaram em Madrid (Francisco Palha e Marcos Bastinhas integraram o cartel, com este último a confirmar a alternativa).