O Ano do João e a habituação à supimpa sinfonia

O Ano do João e a habituação à supimpa sinfonia. Artigo de opinião por Rui Lavrador.

O Ano do João e a habituação à supimpa sinfonia
Foto: Carlos Pedroso

Se no início de 2022, alguém dissesse que João Moura Caetano marcaria a temporada tauromáquica em Portugal, poucos assinariam por baixo.

A verdade é que o fez. Sem alaridos, sem paragonas duvidosas, sem nada mais do que o seu talento e sensibilidade.

É claro que João Moura Caetano tem um talento e sensibilidade inatos. Também me parece perfeitamente normal que haja temporadas melhores e outras piores, fruto de várias circunstâncias. Mas 2022 foi dele.

A tauromaquia é uma área de emoções à flor da pele e isso por vezes pode toldar a visão de quem não tem a capacidade de entender que a Arte não é estanque e não se desenvolve apenas de uma determinada forma.

Mas o cavaleiro em questão tem em si pontos que me parecem essenciais para a valorização da tauromaquia em Portugal. Classe em praça, um sofisticado nível técnico e a teimosia, abençoada, de não entrar em números para o aplauso fácil.

A quadra de cavalos respondeu muito bem e creio que será melhorada com novas aquisições para 2023. E espero que, no ano vindouro, Moura Caetano eleve ainda mais o nível. Se o fizer, as corridas em que participará valerão cada cêntimo que um aficionado pague pelo bilhete.

Porque é necessário que cada corrida volte a ser um acontecimento que o público de classe média-alta volte a sentir-se atraído pela cultura tauromáquica, com os benefícios que daí podem advir para o sector.

Tímido, reservado, mas de sorriso fácil, é a tourear que João melhor expressa as suas emoções e através delas acaba por marcar o público que está predisponível a emocionar-se.

Uma palavra ainda para a equipa que o acompanha, destacando-se três elementos: João Prates Belmonte, Sérgio Santos ‘Parrita’ e Sérgio Batista.

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