Opinião: O que esperar da tauromaquia em 2022? Nada, para não desiludir

Opinião: O que esperar da tauromaquia em 2022? Nada, para não desiludir

Opinião: O que esperar da tauromaquia em 2022? Nada, para não desiludir nem entrar em depressão.

A temporada tauromáquica aproxima-se a passos largos, já com 3 festivais agendados para o início de Fevereiro.

Em Mourão, a 1 e 5 de Fevereiro (dois cartéis bem desenhados e para todos os gostos) e em Granja (cartel coerente), sendo que este ano Rui Gato Rodrigues e a Casa do Toureio podem dar algumas cartas, fora das praças mainstream e trazer novidade aos aficionados.

De resto, ainda pouco se sabe sobre as grandes praças (as que ainda restam), esperando-se com alguma expectativa os cartéis de Santarém.

A Associação Sector 9 é este ano a gestora do tauródromo escalabitano e, no mínimo, espera-se cartéis de igual valor aos que a “Praça Maior” ali apresentou nos tempos que geriu tão importante espaço. Acredito que o nível se mantenha alto, porém é esperar para ver.

Quanto ao resto, ainda sem sabermos quem gere Montijo e Figueira da Foz, é de esperar pouca novidade. E porquê? Porque entre o que se proclama aos 4 ventos e o que depois é a realidade, há sempre uma distância que poucas vezes é percorrida pelos empresários.

Nos últimos anos, os cartéis repetem-se, as figuras são quase nenhumas e não há toureiros com forte capacidade de mobilização em termos de espectadores.

Vivem na sua redoma e são aplaudidos pelos amigos, os amigos dos amigos e aqueles que um dia sonham serem seus amigos.

Bom, mas não é tudo mau e o apocalipse não surgirá, certamente, este ano.

Há algumas curiosidades que espero confirmar este ano, como por exemplo Luís Rouxinol Jr, Marcos Bastinhas ou João Salgueiro da Costa.

Os três tiveram uma temporada 2021 de muito bom nível e se o mantiverem, haverá por certo grandes actuações em 2022.

O regresso de António Ribeiro Telles é também, naturalmente, motivo de grande expectativa, tendo em conta a sua valia de inestimável valor para o sector.

No toureio a pé, há um mar de dúvidas e um shot de certezas. Manuel Dias Gomes e Joaquim Ribeiro Cuqui deverão ter mais oportunidades, de forma a provarem os bons indicadores deixados em 2021. Quanto ao resto, pouco ou nada a acrescentar.

A Arena de Évora, em termos de cartéis já apresentados, não surpreendeu e isso é positivo. A qualidade tem sido estandarte nos últimos cartéis ali delineados.

Vila Franca, Moita e Campo Pequeno ainda pouco ou nada se sabe sobre cartéis, mas Ricardo Levesinho não quererá deixar créditos em mãos alheias, depois da boa temporada 2021, nas duas praças ribatejanas. A principal praça do país, nada se sabe, excepto o que vai sendo aventado pelos canais da mordomia.

Por fim, não menos importante: O que está a ser feito em termos de estratégia, pelos vários intervenientes, para chegarem ao público generalista? Quais as opções alternativas, aos artigos de encomenda em alguns órgãos de relevo? O que está a ser feito para atrair novos patrocinadores?

Segundo o que é de domínio público, não se sabe rigorosamente nada. Porém, acreditamos que algo esteja a ser feito, o mais que não seja, que esteja a ser feito rigorosamente nada!

Posto isto, não tenham muitas expectativas. Se correr bem, a malta fica feliz. Se correr mal, o povo não entra em depressão, porque não esperava nada mais do que isso.

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