

Rosinha foi entrevistada por Daniel Oliveira, no Alta Definição, da SIC.
Rosinha recordou o dia 1 de setembro de 2012, o dia em que foi informada da morte do pai com quem tinha uma forte relação.
“O meu pai não estava bem, já há muito tempo que não estava, mas estava pior. Eu viajava. Ia para os Estados Unidos e claro que depois não venho em duas horas dos Estados Unidos para cá. Sabia que, se estivesse fora, as coisas não podiam estar à minha espera. Acabei por deixar os documentos com o Hugo (um amigo) para que pudesse dar andamento às coisas“, disse.
“Eu liguei-lhe e disse: ‘Hugo, já aconteceu. Agradeço que trates das coisas’. E assim foi”, acrescentou.
Nesse dia, teve concerto nos Açores.
“Foi a minha primeira vez na Terceira. O Páquito (o agente) perguntou-me se queria voltar. E eu disse que não. Eu não posso fazer mais. Pelo menos eu tinha feito tudo o que tinha conseguido pelo meu pai (…) Sabes aquele velho ditado: ‘olhos que não veem, coração que não sente’? Depois percebi que, se tivesse visto o meu pai, não tinha subido para palco”, disse, em lágrimas.
Recordou que a doença já durava há muito tempo e que o pai estava “literalmente a apodrecer em vida. Da cintura para baixo, tinha buracos no corpo que deitavam um líquido com cheiro nauseabundo”.
”O meu pai gritava 24 horas por dia porque tinha dores insuportáveis (…). Quando vinha a casa, ia para casa dos meus pais para que a minha mãe pudesse dormir (…). O facto de ele partir fisicamente, descansou. Já não sentia dor. É estranho de uma filha dizer, e é difícil, mas quando o meu pai partiu eu pensei: ‘finalmente ele descansou”, rematou.