COVID-19: Sexóloga defende masturbação bem feita e com calma para ajudar no distanciamento físico e satisfação sexual

Uma das medidas mais aconselhadas este ano, de modo a combater a pandemia provocada pela COVID-19, é o distanciamento físico.

À partida é uma tarefa relativamente fácil, mas não para quem tem uma vida sexual activa.

Estar longe do/a parceiro/a pode significar um aumento bastante grande na vontade de fazer sexo.

A sexóloga Luanna Vieira explica que “tesão é aquela sensação maravilhosa que a gente tem diante de algo que nos causa sensações corporais boas ou pensamentos bons” e defende que além da imaginação, é o lado físico a manifestar-se também.

É um estimulo que causa um calorzinho ou uma sensação diferente. Nos homens geralmente leva a uma ereção e, nas mulheres, muitas vezes sem a gente perceber, gera o endurecimento dos mamilos, um inchaço da vulva e do clitóris, uma sensação de calor, além de um pouco de lubrificação vaginal”, detalha.

Para os que não vivem com o parceiro, “é normal que muito tempo sem transar deixe as pessoas com mais vontade ainda. Pode parecer uma bola de neve”, revela a sexóloga.

Para esta sexóloga, a solução pode estar na masturbação: “A gente se vira com o que tem, né?”, refere divertida.

E se à partida pode parecer óbvia esta opção, a própria sexóloga assume, a prática demonstra o contrário.

A prática ainda não é tão comum entre as mulheres como é entre os homens, então é sempre válido citá-la”, acrescentando que as “mulheres não estão acostumadas a se masturbarem e precisamos normalizar isso”.

E ao masturbar-se bem pode conseguir que o desejo sexual fique saciado por algum tempo: “É melhor que seja feita com o estímulo que deixa a pessoa mais excitada: foto, vídeo, quadrinho, imaginação, não importa.

A sexóloga aconselha ainda a fazer a masturbação com calma: “Não adianta querer que seja rápido, ou será igual a uma transa rápida e inacabada. Tire um tempo maior para se dar prazer, faça com devagar e aproveite cada minuto.

Estamos acostumados a desenvolver uma fórmula de masturbação que sempre nos faz chegar ao clímax, certo? Todo mundo tem uma. Mas é importante que a gente pense sobre outras formas também”, frisa a sexóloga.

Seja com um brinquedinho novo ou com a mudança no movimento de mãos, vale tudo. O importante é ter prazer, gozar bastante e desacumular o tesão”, remata.