Nesta época festiva, é importante compreender o porquê da existência destas tradições e o motivo pela qual se as deve continuar.Muitos aproveitam a quadra através de um conceito materialista e mitológico, neste caso a existência do Pai Natal. E cada vez existem menos pessoas que seguem os antigos conceitos e tradições.
A noite de Consoada tradicionalmente é uma pequena refeição que é feita após um dia de jejum (que por muitos é ignorado), sendo muito comum a preparação do peru e do bacalhau.As sobremesas estão também muito ligadas a esta festividade. O Bolo-Rei é um dos mais antigos, tendo sido inspirado do produto francês Gallette dês Rois.Em alguns locais do país, como no Minho, no Porto e em Guimarães, é costume deixar um lugar vazio na mesa por aqueles que já faleceram, ou deixar a mesa posta e acender lume, para que reconforte as suas almas.
Depois do jantar, a Missa do Galo é algo que não pode faltar aos crentes. Esta ocorre à meia noite, porque «in galli cantu», e é feita a apreciação do presépio. Após a comunhão, a comunidade dirige-se ao altar para “beijar os pés do menino Jesus”.Esta é uma das três liturgias da palavra existentes para o dia de Natal. O dia seguinte, o dia de Natal, é caracterizado por ser feriado em todo o país e por ser o marco inicial do Ciclo do Natal, que dura doze dias.
A celebração desta época já à muito que se mantém, mas nem sempre foi com a mesma intenção. Há mais de 7000 a.C. que este dia estava associado ao solstício de Inverno, que era celebrado pelos antigos,onde ocorria o “renascimento da luz”.Os cristãos decidiram mais tarde, invés de celebrar o “ renascimento da luz”, celebrar o nascimento de Cristo, já que este é o sol da justiça que vem para renovar as nossas vidas. Desta maneira, os crentes afirmam que o Natal celebra Cristo Ressuscitado.
Uma tradição comum nesta época é também relacionada com os costumes antigos, como a decoração da Árvore de Natal. Três milénios antes de Cristo,os povos pagãos da região dos países bálticos cortavam pinheiros, levavam para as suas casas e os enfeitavam de forma semelhante aos dias de hoje. Essa tradição passou para povos Germânicos, que colocavam presentes para as crianças sob o carvalho sagrado de Odin. Passados alguns anos, já no início do século VIII, o monge beneditino São Bonifácio tentou acabar com essa crença que existia na Turíngia. Após o seu fracasso, decidiu adaptar a tradição. Relacionou a forma triangular do pinheiro à Santíssima Trindade e a resistência das suas folhas à eternidade de Jesus Cristo, passando a existir a Árvore de Natal.