Após a cerimónia de abertura da 8ª edição dos IWRT- International Workshops on Religious Tourism, o presidente do Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado, prestou declarações ao Infocul, sobre o evento e também os prejuízos que o novo coronavírus está a causar.
Para Pedro Machado, o IWRT “é um activo fortíssimo quer do ponto de vista da afirmação do produto turístico que é o turismo religioso, que só a partir de 2013 foi consagrado como tal na estratégia nacional e hoje é incontornável do Turismo de Portugal, e tem pelas vicissitudes associadas a este workshop uma internacionalidade como nunca teve, mais de 50 países presentes no workshop e mais de 300 buyers, é de facto demonstrativo daquilo que vem ser a filosofia com que o Turismo de Portugal e o Turismo do Centro de Portugal tem procurado afirmar a sua acção, estruturar produto, internacionalizar produto e obviamente entrar na cadeia de valor, que é aquilo que está aqui presente depois no be-to-be que vai acontecer à tarde. Por força do adiamento da BTL, este workshop ainda se reveste de mais força e mais importância atendendo que ele representa que Portugal está consciente do risco que é esta epidemia que assolou o mundo, mas é também um sinal de esperança de que estamos com um destino que continua apto e que continua activo, que está obviamente a acompanhar as recomendações da DGS mas que acredita que num espaço de tempo não muito longo retomaremos a actividade normal”.
Sobre o novo coronavírus, explicou que “estamos a monitorizar, temos consciência que o número de cancelamentos, desde que foram identificados os dois casos em Portugal, ultrapassa algumas centenas para não falar em milhares de cancelamentos e isso tem algum peso na economia, o governo foi sensível para que disponibilizasse uma linha de tesouraria essencialmente para este período máximo em que está a ser atingido os cancelamentos, os empresários possam recorrer para ultrapassar os seus constrangimentos e obviamente que espectamos que dentro de dois meses, prazo médio que prevemos para este fenómeno venha a acontecer, retomemos a actividade normal e aí sim aceleremos quer do ponto do vista do investimento que já estamos a preparar fazer para activar o mercado interno e o mercado interno alargado, nomeadamente a relação com Espanha que pode vir a ter a capacidade de repor rapidamente aquilo que pode vir a ser a motivação de quem viaja e obviamente pensar em países como Israel e outros que não estejam a ser atingidos pelo vírus”.
Pedro Machado disse ainda ao Infocul que “o turismo religioso representará hoje, até por força dos números de Fátima, entre 9 a 12%, mas vamos situar entre os 10 e 12% daquilo que é a sua capacidade de atractividade e simultaneamente o numero de dormidas global”.