Já era noite e as fachadas das Capelas Imperfeitas já estavam sob iluminação artificial quando Júlio Pereira subiu ao palco, no Festival Artes à Vila, na Batalha, para um espectáculo de grande qualidade e com o público a acorrer em grande número.
Um dinamizador, valorizador e mestre no cavaquinho e do seu potencial, Júlio Pereira apresentou-se na Batalha acompanhado por mais três músicos e durante mais de uma hora deu um verdadeiro recital de classe e bom gosto.
Passou por vários estilos musicais portugueses e não se furtou a ir a outras latitudes e continentes, apostou numa boa comunicação com o público, explicando o alinhamento, incentivando a participação da plateia e tudo isto por entre momentos em que demonstrava todo o virtuosismo reconhecido ao leme do seu cavaquinho.
Um espectáculo bonito e potenciado por um desenho de luz que valorizou o património edificado onde actuou Júlio Pereira, que venceu no ano passado o Prémio Pedro Osório pela Sociedade Portuguesa de Autores e que conta com 22 discos, enquanto autor, editados e participações em mais de 80.