O aclamado bailador Eduardo Guerrero apresentou-se na capital portuguesa, no passado dia 29 de Novembro, num evento que finalizou o Festival Flamenco de Lisboa.
Muitos curiosos estrearam a sua primeira experiência com o Flamenco através deste espectáculo, ficando espantados pela elegância e poder deste bailarino.
A Aula Magna suportou este público, onde se incluíram os mais novos e os mais velhos. Apesar de a sua capacidade não ter chegado ao limite, o calor do público acolheu o artista no decurso da sua actuação com muitos aplausos e suspiros.
Como o espectáculo começou mais cedo do que estava previsto, muitos ficaram abismados e confusos com a potência com a qual o artista sapateava. A sua presença era notável, apesar de todos os presentes em palco se trajarem de preto.
Num ambiente sombrio, “Guerrero” foi um espectáculo excelente e ecléctico. Sempre no tempo correcto, Eduardo demonstrou a sua “guerra”, com o seu sentimentalismo, pelo sexo feminino, sensual e fogaz e carismaticamente.
Nesta actuação, a música transmite-se como uma linguagem mundial. Apesar de por vezes não se entender o conteúdo literal da mensagem, o poder das vozes das cantoras (Samara Montánez, Sandra Zarzana e Anabel Rivera) e o talento do “bailador” transmitem o sentimento na perfeição, provocando as emoções desejadas em quem os assistia.
É de louvar a habilidade que Eduardo tem sobre este estilo de dança, que nascera na Andaluzia. São actuações como está que permite a preservação do Flamenco ao longo das décadas.
Fora também acompanhado em palco pelos guitarristas Javier Ibánez e Juan J. Alba, que contribuíram para o ambiente e emoção da actuação. A música foi também um elemento que permitiu ao espectador entrar num outro estado de espírito, de maneira a melhor apreciar o espectáculo.