Lenita Gentil: “Eu acho que, agora, as marchas não estão a ficar intemporais”

D.R/VSM

 

A Igreja de Santo António, em Lisboa, recebeu ontem, dia 11 de Junho, espectáculo de homenagem às marchas de Lisboa. Em palco estiveram Alexandra, Lenita Gentil e Maria da Fé.

Antes do espectáculo falámos com Lenita Gentil que começou por nos dizer que relativamente às marchas deste ano “meu amor, não conheço nenhuma, não sei qual é a grande marcha de Lisboa… Não ouvi, não sei.. e como diz a outra não vi, não sei, não estava lá e também não me lembro. Agora lembre-mo das marchas antigas, lindas, maravilhosas”.

Revelou ainda que “gosto da Mouraria, o Bairro Alto também. Eu e o Vasco Rafael fomos durante alguns anos padrinhos da marcha de São Vicente, que é um bairro muito simpático… Gosto de São Vicente, Mouraria, Alfama, gosto imenso, gosto do bairro de Alfama”, quando questionada sobre os bairros favoritos.

Já sobre as festividades desta época, confessou que “gosto dos santos populares, acho que é uma festa muito engraçada”, embora assuma que “não gosto muito de confusão”. E embora falando de Lisboa, não deixou de assumir que “gosto, também, muito do São João no Porto. Vivi alguns anos no Porto e gosto muito do São João com os martelinhos, o alho porro, e eles têm uma coisa que costumam passar pelo nariz das senhoras que é a erva cidreira e aquilo cheira muito bem e é muito bonito”.

Deixa ainda conselho a quem vá aos arraiais, pois “as pessoas têm é de se portar bem, porque as pessoas portando-se bem, as festas são sempre bonitas. Quando as pessoas se começam a portar mal aí é que já se torna um bocadinho esquisito”.

Já sobre a evolução ou não das marchas, recordou que “eu já fui convidada duas vezes pelo presidente da câmara, e fui, para ir para a tribuna. Houve um ano em que assisti, era António Costa presidente da câmara, e no começo do espectáculo desfilou uma coisa que não tem nada a ver com marchas e connosco. Não ui muito apologista disso. Agora, é uma tradição que é muito nossa, que não deve morrer nunca, que devem fazer os possíveis para evoluir cada vez mais, e arranjar marchas bonitas para se cantar. Por exemplo, nós hoje vamos cantar marchas que ficaram para sempre. E eu acho que agora as marchas não estão a ficar intemporais. Tenho pena, mas não estão a ficar…”.

Este espectáculo, na Igreja de Santo António, permitiu ainda o reencontro de três artistas que integraram o projecto Entre Vozes, algo que Lenita considera que “é giro, é bom, é simpático. Estamos a reviver uma época em que marcámos. Acho que vai ser muito simpático e o público vai gostar”.

Confessou ainda que “sou devota do Santo António”.

Rui Lavrador

Iniciou em 2011 o seu percurso em comunicação social, tendo integrado vários projectos editoriais. Durante o seu percurso integrou projectos como Jornal Hardmúsica, LusoNotícias, Toureio.pt, ODigital.pt, entre outros Órgãos de Comunicação Social nacionais, na redacção de vários artigos. Entrevistou a grande maioria das personalidades mais importantes da vida social e cultural do país, destacando-se, também, na apreciação de vários espectáculos. Durante o seu percurso, deu a conhecer vários artistas, até então desconhecidos, ao grande público. Em 2015 criou e fundou o Infocul.pt, projecto no qual assume a direcção editorial.

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