O Festival Santa Casa Alfama recebeu, esta sexta-feira, o primeiro dia daquela que é a oitava edição do certame neste típico bairro alfacinha.
Mariza, que actuou pela primeira vez neste festival, é a cabeça-de-cartaz deste ano e coube-lhe encerrar a primeira noite desta edição.
Com o público todo sentado, de modo a cumprir o distanciamento físico obrigatório e as regras definidas pela DGS, a lotação permitida não esteve repleta na sua ocupação.
Mariza fechou a primeira noite com um espectáculo ao nível do estatuto que ostenta.
Acompanhada por Luís Guerreiro, João Frade, Filipe Ferreira, Adriano Alves e João Freitas, Mariza apostou num espectáculo em que apresentou temas da discografia anterior e aproveitou ainda para dar a conhecer alguns dos temas que integram o novo disco, prestes a sair, no qual presta tributo a Amália Rodrigues.
Mariza tem a capacidade, e sabedoria, de conduzir um espectáculo, de perceber o que o público quer e também a forma como ela própria quer passar a sua mensagem. Todas estas características permitem que dificilmente saiamos defraudados de um espectáculo da cantora.
Prestou homenagem a Amália Rodrigues, conversou e cantou com o público, apresentou um espectáculo que foi do fado à pop, passando pelos ritmos africanos, de uma forma estruturada e que resultou muito bem.
‘Estranha Forma de Vida’, ‘Sou’, ‘Semente Viva’, ‘Beijo de Saudade’, ‘Quem me dera’, ‘Lágrima’, ‘Melhor de Mim’, ‘Maldição’, ‘Chuva’, ‘Barco Negro’, ‘Trigueirinha’, ‘É ou não é’, ‘É Mentira’ e ‘Ó Gente da Minha Terra’, entre outros, integraram o alinhamento no Santa Casa Alfama.
Texto: Rui Lavrador
Fotografias: Alfredo Matos