Marta Pereira da Costa abriu as actuações no palco EDP Fado Café, no terceiro e último dia de NOS Alive.
A única mulher a tocar guitarra portuguesa, no Fado (Luísa Amaro viaja por outros géneros musicais), veio ao NOS Alive mostrar que a guitarra portuguesa sendo algo tão nossa, consegue viajar por outras sonoridades, por outros sons que provavelmente à primeira vista não seriam a si associados.
A música tradicional portuguesa à world music, do jazz ao chorinho, Marta Pereira da Costa preparou um alinhamento bem conseguido permitindo ao público, que encheu o espaço, viajar por diferentes sensações, ritmos e sensibilidades. Os disparos de fotografias (por parte do público) sucediam-se quase ao mesmo ritmo do trinar a sua guitarra. Marta Pereira da Costa conseguiu colocar o público a dançar e atento do inicio ao fim do seu espectáculo. Em palco demonstrou algumas das qualidades que lhe são reconhecidas. Peca por pouco interagir com o público, falando ‘de fugida’, o que sendo um espectáculo instrumental acaba por ser uma opção que deve ser revista. A artista terá muito mais a ganhar interagindo com o público, embora este não fosse o palco mais adequado para o fazer.
Além de temas do seu primeiro disco, Marta Pereira da Costa aproveitou este espectáculo para apresentar dois temas que integrarão o próximo trabalho discográfico.
Carlos Miguel Martins, António Pinto, Miguel Amado e Alexandre Dinis acompanharam a artista em palco juntando a viola, a percussão, o acordeão, o piano e o baixo à sonoridade única da guitarra portuguesa.
Texto: Rui Lavrador
Fotografias: João de Sousa.