O fadista Ricardo Ribeiro foi este domingo premiado na Gala de Fado d’ A Voz do Operário, com atribuição do Prémio Tributo.
Em declarações ao Infocul, começou por brincar dizendo que “tributo presta-se a quem já muito contribuiu e a quem não vislumbra muito mais condições para continuar e portanto eu fico assim um bocadinho preocupado e ‘será que eles estão a pensar que estou acabando?’ [risos]”.
Mais a sério disse que “percebo perfeitamente e tem um outro lado, que é o de gratidão e de ficar feliz e agradecimento por me reconhecerem, porque no fundo isto é um reconhecimento daquilo que tenho vindo a fazer até agora”.
Sobre o facto de receber um Prémio Tributo ainda tão novo, disse-nos que “por um lado há uma responsabilidade e vontade de continuar a trabalhar, por outro um tipo fica naquela ‘e agora o que é que faço?’. Mas eu percebo e vindo d’ A Voz do Operário tem um gosto especial, porque eu cantei aqui muitas vezes, ainda era menino e moço e mais gordo, mais moço e mais gordo, cantei aqui em tardes e noites fantásticas de fado e também noutras ocasiões, como o aniversário da Rádio Amália e quando cá vim em miúdo cantar”.
Por fim, elogiou a instituição, “a Voz do Operário é uma instituição muito importante e tem uma escola fantástica, tem uma série de actividades e iniciativas que nos obrigam a estar atentos a ela. E tem uma história maravilhosa”.
