Sou do Cante: Tradicional e contemporâneo numa preservação histórica, no Artes à Rua

 

 

O exterior do Teatro Garcia de Rezende, em Évora, acolheu este domingo, 2 de Setembro o espectáculo “Sou do Cante”, inserido no Festival Artes à Rua.

 

 

Este espectáculo estreou a 19 de Abril, então na sala do Garcia de Rezende, numa homenagem a Joaquim Soares, Mestre do Grupo Cantares de Évora. Rapidamente se transformou numa homenagem ao Cante e também ao Alentejo.

 

Dada a quantidade de ensaios e todo o projecto criado em redor, deste espectáculo, foi integrado também na programação do Artes à Rua, tendo neste domingo tido a sua segunda apresentação.

 

 

Em palco estiveram Grupo de Cantares de Évora, Ronda dos 4 Caminhos, Mara, Amílcar Vasques-Dias, António Bexiga, Carlos Menezes e Márcio​ Pereira. O Cante, no seu estado puro, rodeou-se de instrumentos que lhe deram nova roupagem, e até a novas áreas artísticas, como a dança, que permitiram assim colocar um património a comunicar com outras expressões culturais.

 

 

Numa sequência bem estruturada, e executada, houve espaço e tempo para solos, despiques entre homens e mulheres, duetos e momentos em coro. Um espectáculo que permitiu uma viagem pela história, parte dela, e um património imaterial da humanidade que é o identificador maior de um povo, de uma região, do Alentejo. Um património que permite ter um pé no passado e outro no futuro, sem nunca perder a sua génese e mensagens base.

 

 

As vozes tiveram nos músicos um suporte instrumental que se revelou uma mais valia para todo o desenvolvimento performativo dos artistas em palco, colhendo do público ovações a cada interpretação e que deu, inclusive, direito a encore.

 

O espectáculo contou com cenografia de Márcio Pereira e direcção artística de António Bexiga, Mara e Márcio Pereira.

 

Esta segunda-feira apresentaremos entrevistas, galeria fotográfica e mais informações sobre este espectáculo.

 

Texto: Rui Lavrador