Terras sem Sombra: Edição de 2017 dependente do Bispo de Beja, segundo a directora executiva do festival

O Festival de musica sacra Terras sem Sombra cumpriu este ano a sua décima segunda edição, na opinião da directora executiva “a melhor das doze” pela adesão do público e também pela programação. Ainda em entrevista ao Infocul, Sara Fonseca deixa no ar a indefinição quanto à realização da 13ª edição do festival.

Beja recebeu o encerramento da 12ª edição do Terras sem Sombra, no qual o Infocul marcou presença e aproveitou a ocasião para falar com a directora executiva do festival, Sara Fonseca.

 

 

A directora começou por classificar esta edição como “a melhor da doze”, justificando, “porque eu entendo que tivemos uma programação muito boa mas também tivemos uma coisa fundamental que foi uma adesão da sociedade civil, dos nossos parceiros ( Câmaras Municipais e outras empresas). Portanto, eu diria que o território é um território Terras Sem Sombra

 

 

Com uma programação tão vasta que inclui para além da musica, a biodiversidade, a directora revelou-nos que “este é um orçamento que devia rondar os 200 mil euros. É um orçamento que tentamos sempre baixar. Eu diria que pode estar à volta dos 165 mil euros”, esclarecendo que esta ginástica financeira é conseguida com “inteligência e com muitos amigos. Com a sociedade civil do nosso lado”.

 

 

O Terras sem Sombra tem ainda como missão a requalificação do património histórico, na sua maioria igrejas da região. Um dos exemplos é a Sé de Beja. “A requalificação da Sé de Beja, que eu coordenei directamente, foi executada tendo como máxima o cumprimento de todos os itens do caderno de encargos e por isso é relativamente fácil poupar dinheiro. Os cadernos de encargos têm sempre umas obras a mais pois o projecto dos artistas assim o impõe e depois é fácil dentro de uma obra perceber que não se pode cometer excessos e portanto poupa-se dinheiro. Poupámos nesta obra, mais ou menos, 400 mil euros”.

 

 

Questionada se a próxima edição do festival está garantida, respondeu-nos “não sei”, esclarecendo que para que seja possível a realização da 13ª edição, “falta que o senhor Bispo de Beja decida se o departamento de património continua a existir ou não. Se continuar a existir vai realizar-se. Se não continuar,” amigos como dantes” e o Terras Sem Sombra fica por aqui”.

Rui Lavrador

Iniciou em 2011 o seu percurso em comunicação social, tendo integrado vários projectos editoriais. Durante o seu percurso integrou projectos como Jornal Hardmúsica, LusoNotícias, Toureio.pt, ODigital.pt, entre outros Órgãos de Comunicação Social nacionais, na redacção de vários artigos. Entrevistou a grande maioria das personalidades mais importantes da vida social e cultural do país, destacando-se, também, na apreciação de vários espectáculos. Durante o seu percurso, deu a conhecer vários artistas, até então desconhecidos, ao grande público. Em 2015 criou e fundou o Infocul.pt, projecto no qual assume a direcção editorial.

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