Foto João Tuna

A Morte de Danton é uma encenação de Nuno Cardoso, diretor artístico do Teatro Nacional São João, e tem Albano Jerónimo no papel principal.

 

Danton pergunta: “Este relógio não tem descanso?”. Depois de estrear e abrir a temporada no Teatro Nacional São João (TNSJ), o manifesto revolucionário de George Büchner marca o arranque de 2020 no Teatro Nacional D. Maria II. A Morte de Danton (1835) assinala a primeira encenação de Nuno Cardoso enquanto director artístico da instituição portuense, sendo uma produção própria da Casa. O espectáculo que mergulha no caos poético e sangrento da Revolução Francesa sobe ao palco do TNDMII a 9 de Janeiro e fica em cena até dia 19 desse mês.

 

O drama em quatro actos desenrola-se na Primavera de 1794 e dá conta dos últimos dias de Georges Jacques Danton (interpretado por Albano Jerónimo), acompanhando as vésperas da sua detenção e a sua execução pela guilhotina. Enquanto uma das principais figuras da Revolução Francesa, Danton é habitado por igual dose de convicções e de dúvidas, de garbo e de arrependimento. Consciente do seu destino (que está selado mesmo antes do início da peça) e da inevitabilidade da morte, o protagonista avança para ela de peito aberto, sem se defender.

 

O texto que o poeta, dramaturgo, cientista e revolucionário alemão George Büchner escreveu para dar conta das convulsões da Revolução Francesa já passou pelo Porto (TNSJ), Braga (Theatro Circo), Aveiro (Teatro Aveirense) e Roménia. A Morte de Danton pode ser visto na quinta e sexta-feira, às 21:00; no sábado, às 19:00; e domingo, às 16:00. A récita do dia 12 de Janeiro será traduzida em Língua Gestual Portuguesa (LGP) e terá Audio-descrição. Nesse mesmo dia está ainda agendada uma conversa pós-espectáculo com os artistas.