“Aos três anos de existência mudamos a imagem“. A frase foi repetida muitas vezes por mim. Mas, é porque gosto de analisar e pensar em tudo o que me rodeia, quis ir mais longe. Não adianta mudar a imagem se tudo o resto ficar igual. Mas era preciso tempo, saber esperar. O logótipo e layout cumpriram cabalmente a função inicial. Mas, chegou a altura de mudar!
Manteremos a isenção, a imparcialidade e a, reconhecida, competência. Mas queremos ir mais longe. Queremos descentralizar conteúdos e reportagens. Queremos estar com as pessoas. Afinal, de contas, são elas a razão da nossa existência e do nosso trabalho. Ah, queremos também mais publicidade (há quem ignore a questão mas todos os meios sofrem deste mal).
Foi um ano de crescimento. Mais leitores. Mais visualizações. Mais conteúdos. Mais reconhecimento. E se muitos acham que o mérito é meu, devo publicamente reconhecer que sou apenas parte desse mérito. Há um conjunto de pessoas que devem ser referidas.
A Joana Correia trouxe um profissionalismo, dedicação e bom gosto, numa altura particularmente difícil para mim e para o Infocul. Decidiu embarcar nesta aventura. E que bom tem sido. Obrigado!
O João Sousa é das pessoas mais importantes da minha vida. São cinco anos de convivência. Cinco anos de trabalho (incluindo outro projecto). Entregou-se como jamais eu esperaria que o fizesse. Competência e humanismo, provando que é possível juntar ambas as qualidades! É, quase, impossível imaginar isto sem ele. Obrigado!
Temos um coração no Norte, Filipe da Silva Coelho é o seu nome. Ao longo de três anos, questiono-me se merecemos ter alguém como ele na nossa equipa. É uma honra e um luxo. Transforma a sua sensibilidade em arte e eterniza-a em imagens. Obrigado!
O Miguel, a Cátia e o Arlindo foram juntando-se ao projecto e estou-lhes eternamente grato por me proporcionarem esse gosto. Podiam ser apenas bons profissionais, mas juntam a isso o facto de serem extraordinários seres humanos… E o favor de serem meus amigos.
Mas há pessoas que quero ainda destacar neste terceiro ano. O Hugo que tem sido incansável na ajuda que vai proporcionando na criação de conteúdos. A Vanda que insiste em servir de mola impulsionadora das minhas ideias (loucuras?), permitindo assim que eu avance sem receios. A Cátia, com a sua ternura, que me vai abraçando quando as forças me faltam. E, talvez, a maior surpresa que tive este ano, o Carlos. Tenho tido cursos de vida com ele e conseguiu, pasme-se, ensinar-me a abraçar a vida e as pessoas, aos meus 27 anos.
A todas as pessoas que mencionei, e que integram a família que vou construindo, o meu mais profundo e humilde agradecimento.
Por esta altura, devem já estar a pensar “que seca de editorial e que coisa sem sentido“. Assumo que, actualmente, possa assim ser classificado. Mas há um motivo para este editorial. Em 2019 queremos humanizar o Infocul. Mais do que um órgão de comunicação social, que o somos, pretendemos ser um veículo informativo de e para as pessoas. E as pessoas têm emoções, ignorar isso é pouco inteligente. Logo, devemos, também, de quando em vez demonstrar emoções. Um jornalista não deve ser um robot de redes sociais em busca de cliques.
Também vos assumo que este editorial poderia não existir, pois tive seriamente a ideia que o meu ciclo neste projecto teria terminado. Não terminou, e adianto que tenho planos para executar nos próximos cinco anos. Mas não faremos o percurso sozinhos. Haverá parcerias com outros projectos editoriais e todos aqueles que se queiram juntar a nós. Não há rivalidade quando o foco está na melhoria de todos os intervenientes e na qualidade que se pretende dar ao público.
Em 2019 queremos alargar a geografia de cobertura. Queremos dar maior destaque a outros temas que não a cultura. Mas a cultura terá, sempre, destaque neste espaço. Mas queremos mais tradição, mais raízes, mais Estórias que fizeram a História da Gente.
Mais do que escrever, gosto de criar e fazer. E se o texto já vai longo, espero que as acções, minhas e de toda a equipa, possam superar, quantitativamente e qualitativamente, o que acabam de ler.
Desejo-vos um excelente 2019, com muita cultura mas acima de tudo com espírito de amor e entreajuda entre os que nos rodeiam. Porque os pequenos gestos fizeram sempre uma grande diferença.