É o que é: D.A.M.A. foram hino ao amor em noite de São Valentim na MEO Arena, perante milhares de pessoas.
Texto de Rui Lavrador / Fotografias de Diogo Nora
Primeiramente, destacar que pela segunda vez na MEO Arena, os D.A.M.A. voltaram a deixar a sua marca na maior sala de espectáculos do país.
Nesse sentido, os D.A.M.A. são uma verdadeira essência da música pop portuguesa, que tem conquistado corações por onde passa.
Assim, com uma musicalidade envolvente e letras que tocam na alma, o grupo tem sido uma das principais referências da música jovem em Portugal.
‘Deixa-me aclarar-te a mente amigo”, significado da sigla D.A.M.A. não podia adequar-se melhor ao que esta banda se tornou.
Ora alegres, ora melancólicos, de momentos de festa e de reflexão, cada canção é uma viagem emocional.
A banda, composta por Miguel Coimbra, Kasha (Francisco Maria Pereira) e Miguel Cristovinho tem dado voz ao amor, à amizade, à saudade e a todas as emoções que fazem parte da vida de qualquer pessoa.
Simultaneamente, cada canção é uma mensagem de esperança e de união, uma celebração da vida e das suas complexidades.
Os D.A.M.A. têm o dom de transformar sentimentos em música, criando melodias que ficam na cabeça e no coração de quem as escuta.
Na MEO Arena, D.A.M.A. foram irrepreensíveis
Em palco, os D.A.M.A transmitem uma energia contagiante, capaz de envolver o público numa sinfonia de emoções.
Isto porque a sua presença cativa e a capacidade de criar uma atmosfera de cumplicidade com a plateia é algo verdadeiramente único.
Os três rapazes conseguem transformar cada concerto numa celebração da música, com uma autenticidade rara, como se cada nota fosse uma extensão do próprio ser.
Em suma, os D.A.M.A são muito mais do que uma banda; são uma experiência sensorial e emocional, que vai muito além da mera audição de uma música.
São artistas de alma refinada, com uma trajetória que certamente continuará a deixar uma marca indelével na história da música portuguesa.
Porém, importa destacar, estes anos tiveram diferentes fases, entre luzes e sombras, algo que foi necessário para agora os vermos mais maduros em palco, sem perderem uma apreciável rebeldia.
Ou seja, se por um lado começaram com um público maioritariamente jovem/adolescente, hoje em dia têm um público mais abrangente e diversificado.
Por isso, o espectáculo teve diferentes tonalidades emocionais e de ritmo, merecendo aplauso pelo arrojo no que fizeram.
Alinhamento D.A.M.A. na MEO Arena:
Intro
Às vezes
Agora é tarde
Luísa
Tempo para quê
Não faço questão
Loucamente (com Los Romeros)
Não me importo (com Los Romeros
Balada do Desajeitado
Amor de Água Fresca
Era eu
É o que é (com Bandidos do Cante)
Amigos Coloridos (com Bandidos do Cante)
Há de ser
Não dá
Nasty
Terra da Maria
Pensa Bem
Oh No (com Mike 11)
Eu e tu (com Mike 11)
Sozinhos à Chuva (com Mike 11 e Beatriz Felício)
O que lá vai
Mãe
Por ti Amor (com Matias Damásio)
Loucos (com Matias Damásio)
Casa (com todos os convidados)
Os convidados especiais dos D.A.M.A. na MEO Arena
No palco da MEO Arena, a noite dos D.A.M.A foi marcada por uma energia vibrante e um espetáculo de fusão de talentos, com a presença de convidados que trouxeram camadas de emoção e riqueza à performance da banda.
Ou seja, a abertura do concerto foi como uma onda de sentimentos, com a canção “Às Vezes” a envolver a plateia de forma introspectiva, antes de dar lugar à animada “Agora é Tarde”. A conexão com o público ficou clara desde os primeiros acordes, com cada canção sucedendo-se num crescendo de emoção e energia.
Com a “Luísa”, a banda trouxe uma das suas faixas mais icónicas ao palco, seguida por “Tempo para Quê”, que convidou o público a refletir sobre o tempo e as escolhas da vida. A descontração foi evidente em “Não Faço Questão”.
Seguidamente, com a chegada dos Los Romeros, a fusão entre os ritmos alegres do grupo e a sonoridade dos D.A.M.A em “Loucamente” e “Não Me Importo” foi um momento explosivo de alegria e cumplicidade entre os músicos e a plateia.
A “Balada do Desajeitado” trouxe a suavidade emocional que contrastou com o ritmo acelerado das faixas anteriores, enquanto “Amor de Água Fresca” preencheu o recinto com uma aura romântica e homenageou Dina.
Estes Bandidos do Cante são dos bons!
Quando os Bandidos do Cante subiram ao palco, a fusão de sons tradicionais portugueses com o estilo dos D.A.M.A em “É o que É” e “Amigos Coloridos” criou um momento de celebração cultural, intenso e cheio de alma.
Do mesmo modo, o público, completamente envolvido, viu os D.A.M.A interpretar “Há de Ser”, o mais recente single. Seguido por “Não Dá” e “Nasty”, onde a energia e a entrega do grupo se mantiveram a todo o vapor.
“Terra da Maria” (popularizada por Roberto Leal) trouxe um sabor a nostalgia e uma celebração da música portuguesa. Contudo, com sonoridade contemporânea, antes de dar lugar ao momento de reflexão com “Pensa Bem”.
A entrada de Mike 11 trouxe a sua vibração única a “Oh No” e “Eu e Tu”, criando uma fusão dinâmica entre os estilos de ambos.
Seguidamente, a emoção foi elevada ainda mais com “Sozinhos à Chuva”, uma das faixas mais esperadas da noite, onde Beatriz Felício deu voz e presença ao palco, unindo-se aos D.A.M.A e Mike11.
Final apoteótico e público rendido aos D.A.M.A.
Com “O Que Lá Vai”, a banda trouxe de volta o foco nas suas próprias músicas, mas o grande ponto alto chegou com “Mãe”, onde o público se uniu numa só voz para cantar em uníssono.
Além disso, o apogeu do concerto aconteceu com “Por Ti Amor”, quando Matias Damásio trouxe a sua poderosa voz a um momento de pura emoção e entrega, seguido por “Loucos”, em que a conexão entre os artistas fez brilhar ainda mais o espetáculo.
Nesse sentido, para fechar com chave de ouro, todos os convidados uniram-se em palco para interpretar “Casa”, um momento de pura celebração e união, onde os D.A.M.A, Los Romeros, Mike11, Beatriz Felício, Bandidos do Cante e Matias Damásio se entregaram de corpo e alma a uma performance que selou com chave de ouro uma noite inspirada e inspiradora.
Por fim, este concerto na MEO Arena será, sem dúvida, recordado como uma noite mágica onde diferentes sonoridades se cruzaram e a música uniu os artistas e o público, criando uma experiência espiritual e emocionante que ficará para sempre gravada na memória de todos os presentes.
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