Manuel Cavaco chora no Big Brother ao recordar descoberta da homossexualidade: “Tinha nojo de mim próprio”, disse.
Durante um momento particularmente comovente no Big Brother 2025, Manuel Cavaco abriu o coração e partilhou com os colegas e o público uma parte sensível da sua história de vida. Visivelmente emocionado, o concorrente falou sobre a descoberta da sua sexualidade e as dificuldades enfrentadas desde muito novo.
“Com oito anos, acontece-me um episódio marcante. Na brincadeira, dei pela primeira vez um beijo na boca a um rapaz. Chamaram-me de tudo. Gozavam comigo, com os meus gestos, com a minha forma de andar, de falar… Começaram a surgir várias coisas, sem saber de onde vinham. Nem sabia o que era gostar de alguém, fosse menina, fosse menino”, partilhou Manuel Cavaco, perante a atenção dos colegas.
Com o tempo, a pressão aumentou. O concorrente confessou que a mudança de ciclo escolar trouxe consigo um ambiente ainda mais hostil. “Assim que mudo para o quinto ano, já não sabia lidar com as bocas. Ficava doente, ligava para a minha mãe me vir buscar. Não tinha ninguém a quem contar, não queria contar aos meus pais”, revelou.
Aos poucos, os insultos transformaram-se em episódios de bullying mais graves. “Houve uma vez em que os rapazes mais velhos me chamaram e me perguntaram: ‘És gay, não és?’ Fiquei muito mal, corri para casa, fechei-me no quarto a chorar. Gostar de homens tinha uma conotação tão negativa para mim… Achava que era uma falha. Tinha nojo de mim próprio. Era algo que não conseguia perceber”, confidenciou, com grande coragem.
Contudo, nem tudo foi dor. Na adolescência, Manuel encontrou apoio e reconstruiu a sua autoestima através de uma nova experiência. Ao entrar para os escoteiros, começou a sentir-se mais seguro e confiante. Aos 16 anos, apaixonou-se e encontrou finalmente a força para se assumir. Fê-lo, com sinceridade, perante a mãe.
Assim, Manuel Cavaco chora no Big Brother ao recordar descoberta da homossexualidade: “Tinha nojo de mim próprio”.